quinta-feira, 2 de junho de 2011

ÚLTIMAS PALAVRAS... NOS ENCONTRAREMOS PELA LUZ.



Não há mais nada a ser dito, só vivido, só esperado.
Mantenham seus corações aquecidos.
Mais nada pode se esconder.
O legado se aproxima.
Cada qual experimenta o que deseja, a consciência é livre.
Noites cada vez mais reveladoras.
Contornos de luz mais claros.
Como compreender?
Sinais em nossos corações.
Sinais em nossas vidas.
Do efêmero ao eterno.


Pensem, a cada respiração de sua vida, na luz...
Namastê!

UM MANUAL PARA ASCENÇÃO POR SERAPIS BEI - INTRODUÇÃO



INTRODUÇÃO

O meu nome é Serapis.

Geralmente, costuma associar-se este nome às antigas Escolas dos Mistérios; a minha energia, porém, é
muito mais antiga. Embora tenha sido venerado neste planeta como o Deus Osíris na Atlântida, como Hermes Trimegisto e como Thoth; a minha atividade na Terra é muito mais antiga do que isso.

Uma vez que as atividades das Escolas dos Mistérios, obviamente, não eram reveladas ao público, criaram-se lendas acerca dos ensinamentos e dos ritos de iniciação. Estes ritos eram deliberadamente restritivos a fim de gerar temor e respeito por parte do público em relação aos iniciados; no entanto, a principal razão para essas restrições tão rigorosas era a de mudar a imagem dos próprios iniciados: eles acreditavam que superando as provas se tornavam possuidores de poderes, habilidades e conhecimentos psíquicos especiais! Esta crença, claro está, fazia com que a aquisição de tais conhecimentos e habilidades se tornasse muito mais fácil. Muitos dos iniciados, todavia, não compreendiam que todas as outras pessoas também possuíam essas habilidades, e que somente a ignorância delas mantinha esse potencial em estado latente. Ou seja: Todos podiam ascender, mas os iniciados acreditavam que somente eles o podiam fazer!

Isto traz-nos até ti. Podes não te ver como um iniciado de uma moderna escola de mistérios, mas é isso
que tu és. A maior parte das coisas que se ensinava aos iniciados da antiguidade está disponível, hoje em dia, de forma generalizada em livros, incluindo este. O mesmo ocorre, aliás, com os tipos de instruções que eram fornecidas para desenvolver as habilidades psíquicas. Se isto te surpreende, lembra-te de que, antigamente, a maioria da população não sabia ler e era governada por aquilo a que chamarias superstição primitiva.

Mas tu tens ainda outra vantagem sobre os iniciados das antigas escolas dos mistérios: nesse tempo, a
ascensão era uma experiência pessoal e individual; hoje em dia, porém, o planeta inteiro está a dirigir-se para uma ascensão planetária. Para que todos possam fazer as mudanças necessárias num curto lapso de tempo, muitos seres, tal como eu, estão a preparar o caminho para que vos seja possível acompanhar o passo do progresso do planeta.

Portanto, estou aqui para vos falar da ascensão, da vossa iminente ascensão, e não de um acontecimento histórico distante. Estou a falar de mudanças que já estão a verificar-se e que se prolongarão ao longo dos próximos anos.

Neste livro vamos analisar a ascensão pessoal e a planetária, de que forma isso vos afeta e como
podem fazer para que o processo seja mais suave. Este livro é um guia para um novo território; trata
daquilo que vão encontrar e de quem vão conhecer. Ser-vos-á apresentado um novo vocabulário para que possam conversar com os companheiros de viagem, com um mínimo de mal-entendidos... embora devam compreender que a jornada de cada um é única.

Estou a usar este canal em particular porque ele pertence à minha própria energia e, portanto, as nossa
vibrações equilibram-se bem. Além disso, ele possui uma extensa experiência técnica; apesar de este
livro não ter caráter técnico, necessito de alguma precisão para descrever como se manipula a energia.
No plano físico, as leis da energia são diferentes mas, ainda assim, há leis. Por isso, desejo passar-lhes
claramente qual o seu verdadeiro significado.

Usem este livro como um meio para informar o intelecto sobre o processo de ascensão. O eu-espírito
de cada um de vós assegurará que os outros níveis dos vossos seres também recebam a mensagem, uma vez que a ascensão é um «esforço comunitário». A consciência dos vossos corpos e a energia emocional são capazes de aprender através do conhecimento direto, sem que exista qualquer linguagem intermediária. Por conseguinte, fiquem tranquilos porque esses outros níveis também receberão a mensagem.

Leiam sobre o processo, reflitam sobre o assunto e discutam-no. Porém, nem por um momento julguem que a palavra escrita é a única coisa que estão a receber; no nível do espírito já todos vocês trabalharam comigo no imenso ponto do agora... apesar de poderem pensar que se tratou de uma experiência de vidas passadas. Sim, conhecemo-nos uns aos outros, e construímos um laço de confiança e amor durante longos períodos.

Se, neste momento, decidires continuar a ler este livro, fica a saber que a tua vida irá mudar apenas
por passares a conhecer o seu conteúdo; assim, lê-lo, acaba por ser um compromisso com a tua ascensão pessoal.

Este livro é um guia prático para um processo que já está em movimento; trata-se de metafísica no seu
sentido verdadeiro – a física que está para além da física - e descreve as experiências que vocês podem
praticar dentro da segurança da vossa própria aura.

Notem que não lhe chamei O MANUAL PARA A ASCENSÃO, pois ele é, apenas, um de muitos livros que
estão a surgir neste ponto do processo.

Este livro tem duas partes:

A Primeira Parte assenta as bases e faz a introdução dos campos de energia. Servi-me de palavras simples para que ninguém necessite, previamente, de conhecimentos específicos. Também faremos uma breve abordagem acerca dos acontecimentos que conduziram o planeta até ao ponto presente.

A Segunda Parte, é prática e aborda o que podes fazer para acelerar a tua ascensão pessoal e, através
dela, a do planeta. De fato, dado que o planeta é um grande campo energético, cada passo que dês na
direção da tua ascensão pessoal, não apenas facilita a tua vida, mas, também, a de todos os outros.

Tu és, portanto, um líder através do exemplo!

Sabemos que, desde que a imprensa foi inventada, tens andado a ser bombardeado com obras sobre
metafísica; porém, nunca antes este tipo de livros foi tão importante.

A ascensão planetária é um fato não negociável; e já está estabelecido um marco no tempo, o qual
por estar tão perto, não nos deixa muito tempo para debates. Assim, encara isto com a mesma urgência
com que nós, que estamos fora do plano físico, encaramos.

Na tua qualidade de Trabalhador da Luz, começaste a preparar-te para este trabalho de abandono do
plano físico, precisamente no momento em que propuseste colaborar na concepção do processo de encarnação que haveria de ocorrer neste planeta. Assim, o nosso propósito aqui é orientar o impulso final – a tua ascensão pessoal; no entanto, independentemente do quanto possamos impulsionar-te, é preciso um envolvimento consciente da tua parte.

Compartilha este material com os teus amigos, forma grupos para brincar com os exercícios apresentados, fala da ascensão a quem esteja na disposição de te escutar... e também àqueles que não estão para te ouvir!

É importante que todos saibam o que está a acontecer para que se evite uma confusão maciça. Vocês
estão a entrar, coletivamente, na gloriosa conclusão de uma gloriosa experiência e o cenário necessário
para tanto já está pronto.

O Universo inteiro está cheio de expectativa!
Por conseguinte, desempenha o teu papel com alegria.
Eu sou Serapis.



PRIMEIRA PARTE


ASCENSÃO: O QUE É?

A ascensão é, basicamente, apenas uma mudança de frequência, uma modificação de foco da consciência.

Este livro considera a energia como «aquilo» que está na origem de todas as coisas, a qual se combina
de formas indescritivelmente complexas para te formar a ti, e a tudo o que conheces e não conheces.

As duas principais características, ou qualidades, da energia são:

• Amplitude.
• Taxa de vibração, ou seja a frequência.
O teu corpo físico, as emoções, os pensamentos e o espírito, tudo, está feito dessa «coisa» que se
combina sublimemente para te converter em um ser que é único em todo o Universo. Ora, porque a energia que te conforma possui uma frequência, tu podes alterá-la! Aqui tens, pois, tudo o que é a ascensão: à medida que elevas a frequência mais baixa do teu corpo físico, ele torna-se menos denso e incorpora, gradualmente, a energia de frequências mais elevadas! À medida que isto ocorre, verás e pensarás coisas que não te eram possíveis antes. Literalmente, converter-te-ás num ser da 5ª dimensão, operando e trabalhando com seres da 5ª dimensão. Como as frequências mais baixas – aquelas do medo e da limitação

- terão desaparecido, passarás a viver num estado a que chamarás êxtase, em unicidade com o teu espírito e com o espírito de todos os outros. Isto é a ascensão!
Agora, necessitamos de definir outro termo – espírito - porque, de fato, a tua noção acerca do que é o
teu espírito, o meu espírito, o espírito dele, o espírito dela e assim sucessivamente, é um conceito linear,
limitante e, muito simplesmente, errado. Quando fores capaz de transcender os níveis mais baixos da
separação do plano físico, passará a haver somente ESPÍRITO – uma energia sempre mutável que é, e está, em unicidade consigo mesma. Trata-se de uma energia que tu conheces através de designações como «Deus», «Tudo O Que É», «Fonte», «Grande Espírito», etc.

Pela minha parte, neste livro, utilizarei o termo ESPÍRITO (com maiúsculas) sempre que me referir à
unidade; quando houver necessidade de aludir à separação preferirei o termo «eu-espírito». Nesses casos, estarei a citar aquela porção individualizada do ESPÍRITO que relaciono contigo, com esta tua encarnação e com todas as outras experimentadas ao longo do tempo; também associarei «eu-espírito» com os níveis não físicos, mais elevados, do teu ser. Lembra-te, porém, de que uso esta definição apenas por questões de facilidade de entendimento, pois só há um ESPÍRITO.

O ESPÍRITO é uno mas parece individualizar-se para poder executar uma função específica, por exemplo: tu. Ele opera através de um pequeno ponto, de um foco específico da tua consciência que está concentrado no interior do teu corpo físico. Isto é aquilo que se conhece a si mesmo como o «tu», como a tua personalidade, e é aquilo a que chamo o «eu-ego».

O teu eu-ego é, evidentemente, uma manifestação do teu eu-espírito, mas possui uma característica
particular, própria de todos os eu-ego: desconhece que pertence ao ESPÍRITO. Quero dizer, desconhecia
até agora!

Não uso, é claro, o termo «eu-ego» para te diminuir, mas para desviar a tua atenção dessa parte de ti,
que olha para fora, e reorientá-la para aquilo que, na verdade, és: um ponto focal que olha para dentro
desde o interior do teu eu-espírito.

Isto, por sua vez, é a função do ESPÍRITO. Por outras palavras, tu és o ESPÍRITO em ação.

UM MANUAL PARA ASCENÇÃO POR SERAPIS BEI - CAPÍTULO I

CAPÍTULO I


O QUE É A ENERGIA?


Tu possuis um determinado número de corpos. Estás familiarizado com um deles, o corpo físico, embora
já não se passe o mesmo com o corpo emocional, o corpo mental e o corpo espiritual. Todos estes corpos são compostos de energia. Esta energia, porém, não pertence ao espectro eletromagnético que integra a luz, as ondas de rádio e os raios X, etc., que se mede por comprimentos de onda e que vocês bem conhecem. Esta energia de que falo encontra-se por detrás dessa outra, por detrás daquilo a que chamas matéria. Trata-se de uma energia que não pode ser detectada pelos instrumentos dos cientistas, porque esses aparelhos também são feitos de matéria... e nenhum artefato pode detectar frequências mais elevadas do que aquelas de que é feito!

Esta energia de frequência mais elevada é a energia da Fonte, a partir da qual derivam as diferentes
frequências da energia dessa 3ª dimensão onde estás, uma das quais, por exemplo, conheces como luz.
Embora a energia seja um contínuo, podemos pensar nela, no que diz respeito ao nosso tema, como uma quantidade infinita de «unidades», onde cada uma delas dispõe de um tipo particular de consciência.

Estas unidades de energia concordam em integrar esquemas de consciência de ordem muita elevada,
tais como eu mesmo ou as células do teu corpo. Esta energia é, portanto, o que eu e tu somos; é dela que somos feitos. E o estado de alerta por ela alcançado constitui, por sua vez, a base da consciência que temos acerca de nós mesmos. Como resposta, o nosso sentido de ser organiza essas unidades de energia e fornece-lhes uma estrutura psicológica, mediante a qual elas podem expressar-se a si mesmas.

O Universo está organizado para permitir que alguns estados de ser da energia, tais como eu mesmo,
possam desempenhar uma função. Qualquer nome que usemos faz referência à função que estamos a desempenhar quando nos comunicamos com vocês e nenhum deles implica que haja qualquer identidade dentro do ESPÍRITO. Qualquer nome que eu use tem o único propósito de ser conveniente à comunicação com a tua mente consciente. Apesar de ter plena consciência de ser energia pura do ESPÍRITO, não me considero possuidor de outra identidade distinta daquela que desempenho. Assim, sou a energia que, neste momento, constitui o estado de ser denominado Serapis.... mas esta energia está a elevar-se e a mudar constantemente!

Através desta explicação facilmente poderás deduzir que a energia está dividida em oitavas: a Fonte
ocupa a oitava mais elevada e o plano físico representa a mais baixa. Eu e outros níveis do teu ser existimos e desempenhamos as nossas funções nesse leque de oitavas. Imagina-as como se fossem as várias bandas do teu rádio FM; e imagina cada ser, eu ou tu, como se fosse uma determinada estação. Cada estação capta uma faixa diferente de frequências; cada um de nós, porém, opera em todas as bandas. Ocupamos a mesma posição relativa em cada banda, elevando progressivamente a frequência. Para usar a analogia de um teclado do piano, digamos que somos feitos da mesma nota relativa em cada uma das suas sete oitavas. Se as tuas notas individuais, dentro de cada uma destas sete oitavas, fossem todas tocadas simultaneamente, o som resultante seria a totalidade do teu ser: um som muito harmonioso!

Nota que estas analogias estão muito longe de poder transmitir-te a realidade. Há muitas bandas e, em
cada uma delas, há um número infinito de notas. Ora, também nestes níveis vocês se mesclam permanentemente com outras energias para realizar certas funções. Não é somente o meu ser que está composto de energia. Qualquer coisa que conceba manifestar-se-á através da ulterior organização das unidades de energia: quando pretendo criar algo, seja um átomo ou uma galáxia, começo por projetar um campo receptivo, análogo ao espaço, e logo irradio unidades de energia para o seu interior, organizadas de acordo com a minha intenção ou com as minhas formas de pensamento.

A única maneira de criar algo é organizando este fornecimento ilimitado de unidades de energia, de
acordo com a intenção. Assim, não só o ser que conheço como eu mesmo, mas também tudo aquilo que
crio ou destruo, é composto de energia.
Repito: esta energia não é nem o calor nem a luz que conheces, mas sim uma energia muito mais subtil... mais parecida com a energia de um dos teus pensamentos.


Isto suscita muitas perguntas interessantes acerca das dimensões da energia, tal como, por exemplo a
natureza do espaço e do tempo.

I.1 - O ESPAÇO
Disse, acima, que quando pretendo criar algo, começo por projetar um campo receptivo, análogo ao
espaço, para cujo interior irradio unidades de energia de acordo com a minha intenção. Esta ordem de
espaço é, porém, muito mais elevada do que a do espaço físico onde tu estás; do ponto de vista terreno,
não seria preciso nenhum espaço em absoluto. No entanto, ele é tão detalhadamente real para mim, tal
como as dimensões de um quarto o são para ti. Eu projeto, ou imagino, este espaço... tal como outros,
como eu, estão projetando o espaço tridimensional no qual tu vives!

Já poderás ter ouvido dizer que o espaço físico nada mais é do que uma forma de pensamento ou a
construção de uma idéia. Ora, isto levanta a seguinte pergunta:

- Quem é que tem esse pensamento? Fique tranquila! Há entidades imensas «pensando», mui diligentemente, o teu espaço tridimensional, mantendo-o com uma claridade e uma concentração que não podem ser descritas.

Muitos seres humanos participam nisso através dos seus níveis superiores!

O espaço por nós concebido é o mais adequado à energia, tal como uma estrada asfaltada é mais «adequada» aos veículos do que o terreno que está por baixo dela; ou tal como um fio metálico conduz melhor a eletricidade do que o ar que se respira.

O espaço, portanto, é um campo criado para conduzir a energia!

Nas dimensões superiores nós criamos o nosso próprio espaço; porém, na 3ª dimensão onde vocês
estão, os vossos níveis mais altos – aqueles que vibram nas dimensões superiores - criam o espaço físico... para que os seus próprios níveis mais baixos possam viver no plano físico!

Este espaço é, simultaneamente, um campo unificador e um campo separador: unificador, porque
permite que aquilo que irradiamos para dentro dele possa interagir; separador, porque está organizado
para que as radiações não se sobreponham. Imagina o contacto entre dois objetos, por exemplo um livro e o apoio que, na prateleira, o mantém de pé. O livro e o apoio não se interpenetram porque o tipo de energia que projetamos mantém os seus campos separados.

I.2 - O TEMPO
Da minha perspectiva - e também da perspectiva dos níveis superiores do teu próprio ser - o tempo, tal
como o conheces, muito simplesmente, não existe!

Eu, e os níveis superiores do teu próprio ser, participamos plenamente no presente, passado e futuro
deste planeta, simultaneamente. Sou consciente, com uma certeza semelhante à que tu tens em relação à tua atual encarnação, de que algumas frações da minha energia estão encarnadas em muitos sítios da
história da Terra. Deve-se isto a que não estou constrangido por um cérebro linear, mas utilizo o conhecimento direto. Esta é a grande diferença entre nós.

O cérebro humano opera de forma sequencial, com um tempo finito, necessário para processar qualquer
informação sensorial. Sem desdenhar da sua assombrosa estrutura, o cérebro e o sistema nervoso são
lentos. Quando queimas um dedo, tira-lo do lume ou sacodes a brasa; entre o contacto inicial e o ato de soltar a brasa pode decorrer até um segundo; outros projetos mais complexos, porém, tal como desenhar uma casa ou um sistema por computador, podem ocupar-te durante meses, ou anos, devido ao tempo necessário para processar os pensamentos no cérebro.

Alguns projetos são tão extensos que não podem ser concluídos no lapso de uma só vida do participante; foi criado o conceito da história! Alguém que nasça hoje deve ser informado do que ocorreu no planeta até à data, ou, pelo menos, de algumas partes selecionadas do que se passou. Algumas pessoas passam toda uma vida registrando as ocorrências e contando-as aos outros; tudo isto porque as ligações do cérebro demoram uns quantos milésimos de segundos a ocorrer.

Os níveis não físicos do teu ser não possuem esta limitação. Através do conhecimento direto da energia
que compõe os acontecimentos, a esses níveis ou a mim não nos custa nada fazer a conexão com qualquer ponto do passado ou do futuro do teu planeta.

Sugiro que tentes visualizar como se sente isto: imagina que vibras na frequência mais elevada do teu
próprio estado de consciência e que estás a olhar para baixo. Então vês várias pessoas, cada uma das quais está num momento distinto da história. Então, através da simples intenção, podes misturar-te com qualquer delas ou com todas, simultaneamente. Dado que tu és elas, podes converter-te nelas e conhecer cada faceta do que estão a pensar e a sentir!

Um exemplo: imaginemos que és, simultaneamente, um especialista em cristais da Atlântida, um soldado romano, um camponês medieval e, claro, o «tu» desta encarnação. Tenta sentir como cada uma
dessas funções percebe o tempo, como o percebes tu desde o momento em que estás, e como interagem todos, entre si.

Mas, atenção: tudo foi cuidadosamente planeado, desde o início, para que assim fosse!

Todavia, não tinha que ser, exclusivamente, desta maneira; com outras espécies, em outros sistemas
de realidade isto é feito de forma muito diferente.
A tua espécie, em particular – a um alto nível do ESPÍRITO – tomou a decisão coletiva de criar a sensação da passagem do tempo e, assim, beneficiar de várias ferramentas de aprendizagem!

Uma delas - o karma ou a Lei do Equilíbrio – baseia-se no conceito de que se a pessoa X afeta, de
alguma forma, a vida da pessoa Y, então, como efeito disso, deve haver uma reciprocidade. Logo, Y deverá afetar a vida de X da mesma forma, ou forma similar e, assim, criar um equilíbrio energético.

Bom, simplifiquei bastante, pois existem muitas exceções a esta reciprocidade. Seja como for, da
perspectiva de X e de Y, no plano físico, X tem de atuar primeiro e só depois atuará Y.

Vejamos: De fato, era necessário ter algum marco de referência para que as coisas não ocorressem ao
mesmo tempo. Se não fosse assim, X e Y seriam incapazes de destrinçar qual deles era a causa e qual
deles era o efeito. Para resolver este problema, vocês conceberam a percepção do tempo linear para funcionar como marco de referência. Bom, de fato, não tiveram que criar nada de novo; limitaram-se a perder a capacidade de experimentar o tempo simultâneo! E a matriz do cérebro, que a espécie escolheu
para o corpo do ser humano, respeita perfeitamente essa característica.

É claro que, de uma perspectiva mais elevada, as ações de X e de Y ocorrem simultaneamente, pelo
que o intercâmbio energético de ajuste depende, somente, da coreografia dos níveis não físicos de X e de Y. Alonguei-me na explicação do ponto do tempo simultâneo porque isto explica a razão pela qual a energia disponível para criar é ilimitada: a mesma unidade de energia pode estar facilmente em inumeráveis pontos da linha do tempo físico, mediante a simples declaração da sua intenção. A mesma unidade de energia pode conformar, simultaneamente o gorro do cortador de cristais da Atlântida, a espada do romano e o cavalo do camponês. Considerando a natureza brincalhona da energia, essa unidade de energia vai divertir-se imenso com a ironia envolvida no processo!

Estou a falar da tua percepção em relação ao tempo, não na sua divisão arbitrária em unidades, tais
como horas, minutos e segundos. Este tipo de divisão resulta, apenas, do tamanho da vara de medição.
Agora: o tempo do relógio parece-te muito real porque está baseado, aparentemente, no movimento do
planeta à volta do sol. Ora, não existe nenhuma razão real para organizares as tuas atividades de acordo com a luz e a obscuridade. Muito simplesmente, isso é conveniente... tal como é conveniente ter o planeta a girar à volta do sol, equilibrando as forças centrípetas e centrífugas.

Por «percepção em relação ao tempo» quero dizer que tu és capaz de perceber a «duração» de um
acontecimento, quero dizer que percebes uma ocorrência, depois outra, depois outra ainda. Mas, se pudesses experimentar todos os acontecimentos de uma só vez, o tempo não seria uma obstrução sensorial ou uma limitação.

Imagina um enorme tapete feito de fios verticais e horizontais: cada fio vertical é um ponto percebido
do «agora»; os fios horizontais representam o espaço. Os fios diagonais coloridos que formam o desenho do tapete, são os acontecimentos da tua vida, ocorrendo no tempo (vertical) e no espaço (horizontal). Agora, imagina um pequeno inseto deslocando-se sobre o tapete:

- se ele se deslocar ao longo de um fio horizontal (espaço), terá de passar por cima de imensos fios verticais, ou seja, experimentará pontos do «agora» sucessivamente... mas fica preso num único sítio físico, porque os fios horizontais representam o espaço. Ocasionalmente, ao tropeçar com um fio colorido, experimenta um pedacinho da tua vida;

- se subir ao longo de um fio vertical (tempo), terá de passar por cima de imensos fios horizontais, ou
seja, experimentará pontos sucessivos do espaço... mas fica preso num único momento do tempo, no ponto do «agora». Por outras palavras, experimentará tudo o que sucede através do espaço... num único momento. Assim, como está num determinado ponto do tempo, verá «fotografias» do que sucedeu em muitos pontos do planeta nesse determinado instante... incluindo o que se passou na tua vida.

Obviamente, se o nosso inseto se tornasse inteligente e decidisse seguir ao longo de um dos milhões
de fios diagonais coloridos... experimentaria a vida inteira de uma pessoa.

Ora, do vantajoso ponto de vista «exterior» tu podes ver o tapete completo: o tempo, o espaço e a textura das vidas das pessoas; e, se assim o desejares, podes deixar-te cair sobre qualquer ponto da trama e experimentar as suas vidas com elas.

Ficarias, no entanto, muito ocupado, porque rapidamente te darias conta de que existem milhões de
tapetes pendurados ao lado deste, prolongando-se até ao infinito... além de que os fios coloridos passam
de um tapete para outro, entretecendo-se em três dimensões – os tais universos paralelos de que já ouviste falar!

Mas a coisa não fica por aqui: se quiseres, ainda podes ver, embora indistintamente, uns «tapetes etéreos» resplandecendo perto das suas versões físicas, isto é, os tapetes que correspondem aos planos superiores!


Será que existe alguém observando-te, tal como tu observaste o inseto à medida que ele se movia no
tapete, com a cabecinha olhando para baixo, seguindo diligentemente um pequeno fio?

I.3 - O MOVIMENTO
Estes dois componentes – o espaço e o tempo – conduzem a um terceiro: o movimento.

Para algo se mover entre dois pontos no plano físico é preciso tempo. Historicamente, chegaste a precisar de meses para viajar entre a costa oriental e a ocidental dos Estados Unidos; hoje, num avião, demoras cerca de 6 horas. Mas o plano físico tem um limite teórico: o da velocidade da luz. A esta velocidade poderias fazer a viagem em apenas 1/60 avos de segundo!

O movimento, todavia, é um fenômeno específico do plano físico. Não ocorre da mesma forma nos planos mais elevados porque o espaço é um plano criado: na realidade, os pontos que o compõem não estão separados por nada e tudo se interpenetra.

Os cientistas terrenos estão surpreendidos por verificarem que dois elétrons, em sítios diferentes,
parecem ser capazes de se comunicar instantaneamente. Isto acontece porque a energia consciente, que se manifesta como partículas sub atômicas, não está no «espaço». A energia consciente existe no ponto brilhante do Uno, na mente de Tudo O Que É, e desde aí projeta imagens que parecem ser partículas sub atômicas, elétrons, por exemplo. Ora, uma vez que todos os elétrons são projetados do mesmo ponto Uno, não surpreende que cada um deles saiba o que outro está a fazer!

O tempo é, somente, a duração percebida que é necessária para que algo se mova entre dois pontos;
fora do plano físico o tempo é zero, dado que todos os pontos existem simultaneamente. Assim sendo, se tu fosses um elétron (o ESPÍRITO funcionando como elétron), poderias projetar-te para o ponto A e para o ponto B ao mesmo tempo, pelo que a idéia de movimento entre A e B deixaria de ter significado!

* * *

Espero ter-te transmitido o sentido dos fundamentos do plano físico: espaço, tempo e movimento.
De fato, são leis locais, arbitrárias, aplicáveis ao plano físico e às frequências da Terra, e são os teus
sentidos que criam a percepção delas. Sentir o espaço e o tempo são funções do intelecto, as quais foram edificadas no cérebro para apoiar a espécie humana sobre este planeta. Elas são ferramentas de ensino comum, tal como, nas escolas, os estudantes concordam (normalmente!) em se encontrarem numa sala, a uma determinada hora, para assistir a uma aula sobre um tema previamente combinado. Da mesma forma no nível físico, todos os membros de uma espécie devem pôr-se de acordo no que toca a certas coisas para que a visita de campo ao planeta Terra seja significativa.

Uso a expressão «visita de campo ao planeta Terra» propositadamente, pois é importante que amplies
a tua percepção até teres consciência de ti mesmo como um imenso ser que está de visita a este recanto do Universo; um ser capaz de fazer certas «habilidades» com a energia a fim de poder desfrutar de «pequenas escapadelas» ao plano físico, chamadas encarnações... embora cada vez que isso acontece seja preciso «engendrar» um corpo físico e uma personalidade diferentes. E, assim, tudo se torna muitíssimo interessante. Estas «escapadelas», porém, poderão ser agradáveis... ou desagradáveis, se te esqueceres de quem és. Seja como for, o que interessa é que aprendas o máximo em cada uma delas!

No capítulo seguinte, entraremos mais profundamente na natureza da matéria física, enquanto onda
permanente da oitava mais baixa da energia, e demonstraremos quão fluido é aquilo que tu acreditas que é «sólido».

UM MANUAL PARA ASCENÇÃO POR SERAPIS BEI - CAPÍTULO II

CAPÍTULO II


A NATUREZA DA MATÉRIA

Até agora abordei a diferença entre o plano físico e as dimensões mais elevadas, embora, na verdade,
não haja diferença nenhuma porque todas as dimensões são feitas da mesma «coisa», tal como as sete
oitavas de um piano são todas som: a única diferença é de tom e frequência.

Num piano, como cada oitava (sequência das sete notas: dó, ré, mi...etc.) é reproduzida sete vezes, as
notas individuais de qualquer oitava são harmônicas mais altas das que estão nas oitavas mais baixas.

Todavia, existe um «senão»: supõe que tens um defeito de audição que só te deixa ouvir a oitava mais
baixa. Neste caso, as notas graves vão soar-te muito reais; porém, quando as mãos do pianista se deslocam para a direita do teclado em direção às notas mais agudas, verás o movimento dos seus dedos mas não ouvirás nada. Sentir-te-ás confundido, é claro, se as pessoas se referirem aos sons que não ouviste. Talvez até te enfureças e as acuses de inventarem essa coisa das «vibrações mais altas». Concluirás que não estão boas da cabeça e afastas-te encolhendo os ombros. Todavia, talvez sintas carência e desapontamento quando ouvires referências à beleza da Sonata ao Luar!

Porém, como reagirias se alguém te dissesse que, com um pouco de prática, poderias passar a ouvir as
notas mais altas?

Esta analogia do piano é muito útil, porque a intenção dos cinco sentidos físicos é detectar, somente,
algumas das oitavas do universo que te rodeia. Os sentidos podem detectar as oitavas mais baixas... mas não se apercebem das mais elevadas do Universo. Mas tu possuis outros sentidos cuja função é detectá-las. Esses sentidos, porém, permanecem latentes na maior parte dos seres humanos. Tais sentidos trabalham e interagem, permanentemente, com a energia das frequências mais elevadas, só que o cérebro filtra e elimina esses sinais. É algo propositado e conveniente, uma vez que os humanos não poderiam manter-se concentrados no plano físico se fossem bombardeados por toda a informação adicional disponível num determinado momento.

Imagina que estás a ler isto e, simultaneamente, vais tomando conhecimento de todas as consequências
possíveis do fato de leres estas linhas, tanto para ti como para os teus familiares e amigos; além
disto, imagina que também tinhas consciência dos pensamentos e das emoções de todos os que te rodeiam e da forma como eles ressoam com o resto das suas encarnações.

O mais engraçado é que, quando qualquer tipo de informação extra sensorial se intromete na tua consciência e te vês forçado a reconhecer esse fato, a cultura a que pertences leva-te a encontrar uma outra explicação.

Aquilo que vês como matéria física, não passa de energia pertencente a uma das oitavas mais baixas,
vibrando dentro de um campo especialmente criado para esse efeito. Há muitas oitavas de energia acima desta nas quais outros níveis do teu ser – funcionando plenamente, vivos e alerta - realizam todo o tipo de coisas. Contatar conscientemente com esses outros níveis do teu ser é algo muito fácil de conseguir; aliás, é isso que ocorre quando, por exemplo, crês ter uma idéia ou te sentes feliz sem razão aparente; e os sonhos são, é claro, estes outros níveis do teu ser em ação, trabalhando ou divertindo-se.

Todavia, não me refiro aos poucos e dispersos símbolos caóticos que giram na tua cabeça quando acordas; falo da criação e da manipulação da realidade, em grande escala, que todas as noites realizas através dos outros níveis do teu ser. Aquilo que pensas que é sonhar, é como ficares a olhar para uma casa desarrumada perguntando se a festa foi agradável: perdeste o lado divertido e ficaste só com a desarrumação!

Mas, então, como é que surge a matéria física a partir desta oitava de energia mais baixa?

Os seres que, de vez em quando, criam coisas físicas (e os outros para quem essa é a sua função exclusiva), organizam as unidades de energia consciente em padrões específicos, dentro de uma banda de frequência particular, concebida especialmente para tal propósito. São estes padrões que constituem cada uma das coisas, aparentemente sólidas, que tu conheces.

E, agora, aproximemo-nos do verdadeiro milagre do plano físico:

- Estas unidades de energia consciente oriundas do plano mais elevado, surgem fisicamente como o
corpo das unidades eletromagnéticas básicas conhecidas como partículas sub atômicas - esses tijolos
básicos de construção chamados elétrons, prótons e neutros! Os cientistas terrenos estão prestes a detectar este processo; alguns, possuidores de uma imaginação muito fértil, já o conhecem intuitivamente. Por sua vez, estes blocos de construção de energia consciente (elétrons, prótons e neutros), colaboram na formação dos átomos de um elemento em particular, tal como o carbono, o hidrogênio, o oxigênio, o azoto, etc. Um átomo pode parecer uma construção muito simples - elétrons que giram em volta de um núcleo central – e, em certo sentido, assim é. Mas, por outro lado, trata-se da coisa mais complexa que existe no plano físico. A geometria e a álgebra envolvidas na concepção dos átomos que conformam o plano físico, manteria ocupados, durante anos, a maioria dos vossos mais potentes computadores!

A matéria não ocorreu espontaneamente; foi cuidadosamente planeada, e nós fizemos questão de saber
como ela se comportaria em todas as circunstâncias, antes de continuarmos com o desenvolvimento
da sua criação.

Não penses, nem por um instante, que o estado de consciência que «encarna» o elétron é diminuto. O
elétron não é uma partícula diminuta, mas sim um «campo de possibilidades»; é uma parte do espaço no qual existe esse estado de consciência, embora de uma forma tão subtil que os cientistas não podem ter a certeza. Por isso, afirmam que o elétron «provavelmente» existe.

Acrescente-se que este estado de consciência que «encarna» o elétron no plano físico, pode colaborar
em inúmeros outros planos e em inúmeros universos simultaneamente.

Os átomos podem permanecer livres ou ligarem-se para formar moléculas. Estas, por sua vez, unem-se
para constituir uma forma, a qual é determinada conjuntamente pelas unidades de energia em si mesmas e pela entidade organizadora. E estas entidades organizadoras assumem a responsabilidade de dirigir a energia sob a forma de átomos ou moléculas, de acordo com as matrizes concebidas, por exemplo, para um cristal, uma pedra, uma célula da semente de uma planta, uma árvore, etc. A lista não tem fim, evidentemente. Estas matrizes assemelham-se muito aos computadores pessoais: além de serem, simultaneamente, programas vivos e base de dados, também podem armazenar vastas quantidades de informação.


A estrutura do DNA, que existe no coração de cada uma das tuas células, é uma base de dados que
contém a tua história atual, a história de todas as tuas encarnações e, adicionalmente, a de toda a
espécie humana!

Por exemplo, uma árvore cresce sob a orientação de um ser de energia (chama-lhe «espírito das árvores
» se quiseres), que é quem concebe a matriz da árvore e organiza as unidades de energia de acordo
com esse padrão. Uma vez organizadas, as unidades de energia «recordam-se» da sua função e continuamente mantêm as partículas sub atômicas combinadas em padrões cada vez mais extensos.

Quando olhas para uma árvore, o que estás a ver realmente é energia pura organizada por um ser consciente e alerta de acordo com a matriz previamente concebida. O teu cérebro, então, através do hábito, descodifica esse padrão de energia visual e reconhece-o como sendo uma «árvore«.

Quando agarraras um tronco de uma árvore, as tuas mãos e a árvore são dois campos de energia que
entram em contacto; então, o teu sistema nervoso agrega toda essa informação e descodifica o contacto
como estimulação táctil. Finalmente, o cérebro usa essa informação para fabricar a imagem daquilo que
reconheces como uma árvore. Se um carpinteiro chega, corta a árvore e usa a madeira para construir uma cadeira, ele altera a forma que responde à matriz principal. Aí, as unidades de energia conscientes que constituem a madeira «lembram-se» do seu novo padrão e mantêm-no fielmente até que haja outra alteração. Por exemplo, se a cadeira arder, a energia consciente das moléculas de celulose reorganizam-se sob um novo padrão, digamos: átomos livres de carbono, oxigênio e nitrogênio.

Só para ficares com uma idéia de tamanho, o espaço existente dentro e entre esses átomos é imenso:
se o núcleo do átomo fosse do tamanho de uma bola de futebol, o átomo em si teria as dimensões do
campo de futebol; a primeira fila de elétrons estaria aproximadamente colocada onde se encontra a
primeira fila de assentos... e o átomo mais próximo estaria como que à distância da cidade vizinha!

Portanto, quando falamos de matéria «sólida», ela está, de fato, longe de ser sólida!

Estes elétrons, que tu pensas serem partículas diminutas, não pesam nada, em absoluto. Muito simplesmente são pacotes de energia zumbindo à volta do núcleo a uma velocidade enorme. É essa velocidade que lhes dá a sua evidente substância, ou os deixa no estado de »quase substância», da mesma forma que uma bala disparada contra um alvo produz maior impacto do que uma bala simplesmente atirada contra esse alvo.

Nem sequer o núcleo é sólido; também ele é feito de partículas mais pequenas (neutros e prótons), os
quais, quando examinados de perto, mostram que também são formados por partículas ainda mais pequenas. Neste nível, aproximamo-nos do ponto em que a energia pura se manifesta como aquilo que tu crês ser matéria, assim como dos lapsos de tempo infinitesimalmente curtos que isso demora. Também estamos perto dos limites dos instrumentos físicos. Estes instrumentos podem detectar a súbita aparição de uma partícula sub atômica... mas não a sua real transformação a partir da energia pura, porque a unidade de energia que a criou não é física; não sendo física... não pode ser registrada por instrumentos físicos!

Os físicos concluíram que a única vez que as partículas sub atômicas são verdadeiramente partículas é
quando as podem observar; fora disso são ondas de energia. Portanto, como jamais chegarão a conhecer a condição de um elétron não observado, não têm como determinar a estrutura básica do plano físico ou de explicar como funciona.

Num nível mais profundo, estamos a falar de irrupções de energia consciente para dentro do plano
físico. Esta energia, ao deslocar-se a velocidades incríveis, aparenta solidez... da mesma forma que as
pás de um ventilador elétrico, em movimento rápido, dão a sensação de serem um disco sólido!

Assim sendo, o mundo material não passa de uma ilusão?

Todo ele é feito de hologramas e de ondas estacionárias.

A base de qualquer tipo de organização da energia em matéria é a onda estacionária. Esta idéia é vital
para poderes entender o que és e como te manifestas.

O que se segue pode parecer física mas, de fato, é a essência da metafísica.

II.1 - HOLOGRAMAS
Se estiveres familiarizado com o fenômeno conhecido como holograma, sabes que a imagem de um
objeto pode ser capturada numa película especial, combinando dois raios de luz laser, um deles refletido
a partir do objeto, mas o outro não. Estes dois raios interagem entre si para criar uma imagem especial
sobre a película; quando o raio laser volta a passar através dela, uma imagem tridimensional do
objeto aparece «flutuando» no nada. No entanto, ao contrário das fotografias, a imagem da película
holográfica não se assemelha com a do objeto original; surge como um conjunto de círculos concêntricos, denominados padrões de interferência. Se o raio laser é projetado sobre qualquer fragmento da película, a imagem volta a surgir, ainda que um pouco menos nítida, uma vez que a imagem ocupa a película completa.

Portanto, há aqui dois aspectos distintos a considerar:

1 - A matriz, ou seja, a imagem do objeto impressa na película (o padrão implícito).
2 - A imagem projetada (o padrão explícito).

A analogia do holograma oferece algumas pistas importantes sobre a natureza da realidade e acerca de
como podes trabalhar com ela. Assim, também aqui há dois aspectos distintos a considerar:

1 - A matriz da tua realidade quotidiana (o padrão implícito) que permanece oculto para ti.
2 – A realidade quotidiana das tuas experiências (o padrão explícito - a imagem projetada).

Aqui tens a razão pela qual uma partícula sub-atómica pode estar em toda a parte ao mesmo tempo: a
sua matriz está dispersa ao longo de todo o padrão implícito!

Isto contradiz, claramente, a física clássica que descreve o mundo físico como um conjunto de coisas
discretas e locais, todas elas interatuando de muitas formas limitadas.

Finalmente, estamos em condições de chegar a uma conclusão importante:

Imagina que a matéria, tal como a conheces, é feita de ondas subatômicas e está organizada de
maneira a formar padrões de ondas tridimensionais (o padrão implícito). Então, esse milagroso órgão chamado cérebro humano detecta esses padrões projetados e constrói, a partir deles, o que aparenta ser uma realidade objetiva (a imagem projetada - o padrão explícito).

Esta realidade em que vives parece-te sólida e real porque... o teu corpo físico também é uma
imagem tridimensional projetada!

A realidade não é, por conseguinte, algo objetivo que existe «lá fora», mas sim algo subjetivo «aqui
dentro»; além disso, é distinta para cada ser humano. Logo, tudo isto faz com que tu sejas o quê? Serás tu um ‘padrão explícito’ de carne e osso ancorado num mundo sólido? Ou és a imagem difusa de um ‘padrão implícito’ de um holograma, desdobrando-se no meio de um imenso remoinho de padrões maiores?

E qual é o papel da consciência em tudo isto? Será ela a luz que brilha através dos padrões ocultos na
película fotográfica? Ou será o próprio padrão?

Bom, pois é ambas as coisas!

A consciência dá forma tanto às matrizes ocultas (o padrão implícito) a partir de outras ainda mais
remotas, como à luz que brilha através dessas matrizes para que seja projetado o que os teus sentidos
captam.

Todavia, estamos a falar de funções distintas da consciência. A consciência sub-atómica cria os blocos
de construção da matéria, ao passo que outras partes dela os organiza em padrões ainda mais complexos: as células, os órgãos físicos, as emoções, os pensamentos. E todos estes componentes do teu ser terreno se mantêm conscientes, cada qual à sua maneira. Mais: a tua consciência pessoal interage com todas as outras consciências, pertençam elas aos seres vivos ou aos chamados seres «inanimados».

Sei que tudo isto é suficiente para fazer saltar os fusíveis do corpo mental de qualquer pessoa; mas é
importante saberes quão fluida é a realidade, para que sejas capaz de a manejar. Se acreditasses que a
tua composição é inalterável, decerto não te autorizarias a mudar. Por exemplo, tu sabes que imensos
padrões de comportamento antiquíssimos estão armazenados nas células do teu corpo físico; ora, se as
células fossem inalteráveis e a energia desses velhos padrões de comportamento ficasse ali aprisionada,
como poderias livrar-te de tal coisa?

E, dado que as células são a projeção de uma matriz oculta (o padrão implícito), o que aconteceria se
fosses capaz de reformular essa matriz ou a forma como ela foi projetada?

Ora, tu possuis a ferramenta necessária para fazer isto: a consciência.

Tal como veremos mais à frente, a espécie humana está envolvida na busca da criação de uma realidade, mas tornou-se tão eficiente a criar realidades... que já não se apercebe desse envolvimento!

Cada coisa que experimentas é, não só o resultado direto dos teus esforços para criar uma realidade,
mas também da projeção fiel das tuas matrizes internas. Se não te apercebes de «que experimentas o
resultado direto dos teus esforços para criar uma realidade» ou de que és «capaz de reformular essa
matriz ou a forma como ela foi projetada», continuarás a criar a mesma antiquíssima realidade... o que
não é nada divertido!

As coisas, porém são muito mais maleáveis e plásticas do que imaginas. Mais adiante isso provará ser
de grande importância.

As tuas emoções e pensamentos provêm da tua matriz interior (o padrão implícito), e o teu quotidiano
é a imagem projetada (o padrão explícito). Por conseguinte, as tuas emoções e pensamentos pessoais
interagem com as emoções e pensamentos alheios, tal como tu, ao viveres a tua vida, interages com a
vida das outras pessoas. No entanto, o que cada um pensa e sente desempenha um papel fundamental
naquilo que lhes acontece.

A realidade, tal como a conheces, é projetada a partir de uma gama de matrizes parecidas com hologramas. Embora as matrizes estejam em níveis distintos para poderem ser «removidas» da realidade ordinária, as imagens que elas projetam estão sobrepostas. E se é verdade que as imagens das frequências mais baixas dessas matrizes parecem ser sólidas (do ponto de vista do teu corpo sólido!), também é certo que aquilo a que chamas «espaço» está repleto de imagens das frequências mais elevadas, evidentemente não «sólidas». E todas coexistem umas com as outras.

Tu mesmo és formado por muitas projeções – a física, a emocional, a mental e a espiritual – a partir
de matrizes preparadas por ti mesmo enquanto ESPÍRITO, as quais são, por sua vez, projeções de outras matrizes provenientes de frequências mais elevadas.

O mais importante de tudo isto é que tu podes conceber e alterar matrizes através da visualização!

A criação da realidade funciona nos dois sentidos:

Se desejas atrair para ti uma determinada situação agradável, podes conceber a matriz dela e, depois,
verificar como se projeta no plano físico sob a forma de acontecimentos que podes experimentar; se
desejas livrar-te de uma situação desagradável... e lhe resistes em vez de visualizares um «quadro» diferente, estás a cometer um erro triplo: reforças a matriz, fortaleces o mecanismo de projeção e perpetuas a situação indesejada. Bom, e se a coisa chegar à doença, também podes usar a visualização para «reparar» a matriz do órgão afetado e recuperar a saúde!

Assim, a consciência – que está profundamente ancorada na tela da realidade - é o padrão por detrás
da realidade objetiva (o padrão implícito), e de cada ocorrência na história do Planeta Terra (o padrão
explícito).

A série televisiva «O Caminho das Estrelas: A Geração Seguinte» é um excelente exemplo de criação da
realidade: a plataforma de hologramas da nave Enterprise é capaz de criar imagens de objetos e de pessoas que operam dentro dos parâmetros concebidos pelos programadores da «realidade». Qualquer alteração subtil no programa poderá alterar, digamos, o nível de agressividade de um caráter holográfico ou desativar uma situação ameaçadora. No entanto, ao contrário do que acontece nas aventuras da Enterprise, os hologramas da atualidade (uma bala holográfica, por exemplo!), podem matar-te; até um monstro holográfico te pode devorar... a menos que possas dispor da matriz que o gera!

A série da TV decorre no século XXIV mas a tecnologia para esculpir a energia desta forma estará disponível muito antes disso.

Tudo isto nos conduz à questão de como é que o plano físico se formou. Uma imagem holográfica é, de
fato, formada por luz contida dentro de um invólucro com a forma específica daquilo que quer representar. Mas é apenas uma imagem que representa a matriz original. Toda a informação necessária para gerar esta imagem está codificada na película. E o invólucro, na realidade, é uma espécie de onda estacionária.

II.2 - ONDAS ESTACIONÁRIAS
Quando eras mais novo, se calhar, numa das tuas brincadeiras com um amigo, experimentaram esticar
uma corda que puseste a vibrar aplicando-lhe uma pequena pancada. Com essa ação, fizeste com que
uma pequena onda deslizasse pela corda, atingisse a mão do teu amigo e regressasse a ti. O que se moveu ao longo da corda foi energia. A corda deslocou-se para baixo e para cima, mas não ao longo do seu comprimento.


Se os dois tivessem feito vibrar a corda ao mesmo tempo, duas coisas poderiam ter ocorrido:

1) se ambos tivessem pulsado a corda da mesma maneira (por exemplo, de cima para baixo), conseguiriam
uma onda com o dobro do tamanho, a meio da corda, ou

2) se um tivessem puxado a corda para cima e o outro para baixo, as ondas interfeririam uma com a
outra e anulavam-se.

No primeiro caso, a interferência entre as ondas foi positiva; no segundo, foi destrutiva.

Imagina agora uma corda mais curta, sob tensão como a de uma guitarra, que produzirá um som característico. Se a percutires, introduzes-lhe energia bruta, a qual, naturalmente, adota certos padrões. O padrão mais forte é uma onda cujo comprimento é igual ao da corda, digamos: um metro. Mas outras ondas se formarão com comprimentos equivalentes a 1/2, 1/3, 1/4, etc. do tamanho total da corda, ou seja, 50 cm, 33 cm e 25 cm, respectivamente. Estas são as chamadas ondas estacionárias que formam uma família com base no comprimento de onda natural da corda. A combinação particular de ondas estacionárias é o que confere a um instrumento o seu timbre individual ou a sua «assinatura» tonal.

O importante acerca destas cordas vibratórias é que duas cordas idênticas, sob condições idênticas,
geram sempre a mesma onda natural e respectivas harmônicas. Se duas cordas idênticas forem colocadas uma junto da outra, e se uma delas for percutida, gerará um campo de energia sonora que a outra captará. Se esta segunda corda estiver afinada no mesmo comprimento de onda da primeira, ressoará por simpatia.


Esta ressonância é supremamente importante quando se lida com corpos de energia humanos... acerca
da qual temos muito mais a dizer antes que termine este livro!

E, agora, tornemo-nos malabaristas: imaginemos que és o Chefe de Sobremesas de uma nave espacial e
que, indo para a cozinha, és capaz de fazer gelatina... sob gravidade zero. Nessas condições a gelatina
mantém-se perfeitamente firme, sem necessidade de qualquer contentor que lhe dê forma!

Mas imaginemos que fazes dois tipos de gelatina, uma vermelha, outra amarela. Então, no momento
exato que antecede a solidificação, usas a tua arte para as juntar de tal forma que se misturem só parcialmente, formando gelatina cor-de-laranja na zona de separação. Agora, se fizeres vibrar a gelatina
vermelha (que está por fora) dando-lhe uma pequena pancada, essa vibração irá atingir a gelatina amarela. Se percutires a gelatina vermelha com regularidade, formar-se-á uma onda estacionária, e a gelatina amarela – por ter a mesma composição – ressoará com a mesma frequência.

Imagina agora o que se passará se fores suficientemente hábil para colocar a gelatina amarela dentro
da gelatina vermelha. Como é que a gelatina amarela reagirá?

Como acabas de descobrir uma qualidade inata dos campos, assim como o fenômeno da ressonância das
ondas estacionárias entre dois campos, é fácil responder: se um campo está afinado com a energia de uma frequência em particular (gelatina amarela, que está por dentro), absorverá a energia de uma onda estacionária de outro campo (gelatina vermelha, que está por fora)... e começará a vibrar a sua própria onda estacionária!

De fato, qualquer campo ressoa, desapaixonada e automaticamente, com a energia de um campo similar que esteja por perto. Isto produz uma ressonância por simpatia... que poderá ser-lhe prejudicial se o campo emissor vibrar de uma forma desequilibrada. Perfeito. Agora, o que te falta fazer é aprenderes a comer gelatina num ambiente sob gravidade zero!

Como veremos, a ressonância TE afeta de incontáveis formas, quer tu o saibas, quer não. Mas, de agora em diante, serás capaz de, conscientemente, usar estes conhecimentos como uma ferramenta para a ascensão.

II.3 - CAMPOS DE ENERGIA
A tua personalidade é composta por três campos de energia e pelos seus respectivos conteúdos. E a
combinação entre um campo e os seus conteúdos é aquilo a que eu chamo «corpo».

Assim, o teu eu-espírito organiza a sua própria energia em ondas estacionárias para gerar três corpos
energéticos dentro dos seus invólucros respectivos - o físico, o emocional e o mental - que depois projeta ou, se quiseres, manifesta. O quarto corpo – o espiritual – constitui-se como uma ponte entre estes três corpos inferiores e o ESPÍRITO. Como veremos mais adiante, é extremamente importante o fato de estes quatro corpos, cujas naturezas são tão distintas, se projetarem ou se quiseres, se manifestarem a partir de mesma «coisa».

Vejamos, primeiro, o corpo físico.

Muitos fatores determinam a forma como ele se manifesta. Há muito tempo que a espécie humana optou por um processo de nascimento físico em vez de, simplesmente, projetar o corpo para dentro de um campo criado pelo ESPÍRITO (mais tarde veremos a razão por que é assim). Além disto, a concepção foi projetada para diversificar o conjunto de genes e, assim, permitir uma infinita variedade de matrizes
genéticas físicas.

No momento da concepção, as matrizes completas de DNA dos progenitores fundem-se para formar
uma terceira matriz; depois, à medida que o ovo se vai subdividindo e que as células se vão formando, as unidades de energia consciente colaboram na formação das partículas subatômicas, depois dos átomos e, seguidamente, das moléculas. Este processo é supervisionado pela matriz do corpo físico, a qual está contida nos padrões gerais do próprio DNA.

Enquanto ESPÍRITO, cada um de vós selecionou, previamente, os seus futuros pais em função da
sua genética, das condicionantes e das circunstâncias familiares necessárias à sua encarnação, prestes
a ocorrer; depois, «manipulou» cuidadosamente o seu DNA a partir do dos progenitores escolhidos.
Seguidamente, os três, em conjunto e em colaboração com os seus eus-espírito respectivos, decidiram

o momento da concepção, baseando-se em fatores imensamente complexos.
Os astrólogos ainda só vislumbraram uma pequeníssima parte de toda esta complexidade; os cientistas,
por seu lado, descodificaram somente uma facção dos milhões de informações armazenadas no DNA.

Para além das tuas características físicas, o teu DNA também contém a história de todas as tuas encarnações através do tempo, assim como a história de cada uma das espécies que alguma vez tenham existido ou venham a existir. O DNA pode ser entendido como uma série de moléculas mas, tal como o holograma, deve ser lido na sua totalidade para se obter o máximo resultado.

Durante os primeiros meses de gestação, a energia consciente encarregada de construir as células, lê o
DNA e descodifica-o para saber que tipo de célula deve construir. As células em crescimento, através do
seu próprio tipo de consciência, afinam-se simultaneamente com o molde do corpo físico e com o «futuro» para se orientarem em relação a como devem crescer e desenvolver-se. Organizam-se a si mesmas e captam unidades de energia maiores para se poderem transformar, não só nos tipos de átomos necessários, mas também para se multiplicarem respeitando o modelo especificado pelo DNA para a sua função particular.


Por exemplo, a consciência de uma célula que vai integrar o fígado, capta energia e subdivide-se para
formar outras células do fígado.

Então, o crescimento, que é muito rápido no início, vai abrandando à medida que se conclui o período
de gestação; continua após o nascimento, durante vários anos, até que, finalmente, se estabiliza, passando a efetuar só as «reparações» que se tornem necessárias.

É assim que o corpo físico, que se prepara para nascer, vai sendo construído por ondas estacionárias
(dentro de ondas estacionárias, dentro de outras ondas estacionárias), à medida que a sua consciência
forma átomos, moléculas e órgãos. Isto decorre sob a direção do eu-espírito da entidade que vai encarnar e de algo que poderá ser considerado como uma versão «futura» do corpo, e que serviu de matriz.

Uma vez concebido, criado, nascido e desenvolvido até ao seu tamanho normal, tu não abandonas o
teu corpo físico até que se lhe tenha acabado a corda, como se fosse um relógio!

Resta dizer que a energia que anima as partículas desse teu corpo se renova vários milhões de vezes
por segundo. De fato, ele recria-se constantemente segundo o desenho do DNA que escolheste e das formas-pensamento acerca do teu corpo físico... que guardas na matriz do teu corpo mental!

Os corpos físicos dos seres humanos são entidades milagrosas, com consciência própria, que se auto-
regulam de uma forma extraordinária. E tu passas a vida arquitetando a consciência de acordo com as
opiniões, tuas e alheias, acerca do teu corpo físico. De fato, através da ressonância, os pensamentos e
as emoções que tu manténs acerca de ti mesmo possuem um enorme impacto sobre a consciência do
teu corpo: o medo da doença ou da morte pode, literalmente, programá-lo para que adoeça. Estes
processos são responsáveis pela corrupção do DNA (o que, com frequência, gera o cancro) e das condições normalmente atribuídas ao envelhecimento. Escusado será dizer que, ao invés, pensamentos de saúde e de bem-estar programam o corpo físico para que desencadeie os seus próprios mecanismos de cura.

Estas explicações só muito ao de leve afloram a complexidade do que realmente se passa; se te explicasse como procedes para assegurar o crescimento do teu corpo, ficarias totalmente assombrado! Mas trata-se apenas de informações básicas, à guisa de curso, cuja intenção é mostrar que o corpo físico é, na realidade, energia ordenada de ondas estacionárias... apesar de parecer um contínuo sólido de partículas subatômicas, átomos, moléculas e órgãos que se vão organizando até formarem o corpo completo.

Neste processo, cada unidade de energia está plenamente consciente do seu papel e colabora gostosa-
mente na estrutura daquilo que, de acordo com a tua noção de realidade, conheces como corpo físico.

Talvez fiques surpreendido por teres aprendido que os corpos físicos são conscientes; não me refiro,
todavia, àquilo que costumas entender por consciência. O corpo sabe, por exemplo, o que deve fazer para que o coração bata, para que a digestão seja feita, para que se possa curar a si mesmo; também conhece os ciclos da lua, dos planetas e das estrelas, e constantemente se serve e se adapta a eles. Todavia, como é composto da energia consciente que foi «colhida» do imenso campo planetário... convém dizer que o planeta e o ESPÍRITO desempenharam um papel muito mais preponderante no teu nascimento do que os teus pais biológicos!

O que consideras ser a tua consciência é, realmente, uma mistura de vários tipos distintos de consciência, o que não impede que formem a unidade subjacente à tua existência:

• a consciência sub-atómica, que conhece os imensos campos cósmicos e nos quais interage com as
outras consciências subatômicas;
• a consciência celular, baseada na matriz do ADN, que contém a gravação das experiências da tua
vida, dos teus pensamentos e das tuas emoções;
• a consciência do corpo, isto é, a consciência celular relacionada com algumas idéias próprias, apesar
de o corpo físico depender bastante das crenças que o corpo mental tem em relação à sua própria
imagem;
• a consciência das emoções que fluem em cada momento, sobrepostas às emoções do passado... às
quais te aferras em vez de as deixares partir;
• a consciência dos pensamentos e das crenças com que estruturas a realidade; consciencializa-te,
porém, de que uma crença não passa de uma opinião acerca da realidade;
• a consciência espiritual, intuição ou conhecimento direto. Este tipo de consciência está relacionado
com o que tem sido denominado frequentemente como Mente Universal, mas, na verdade, pertence
a uma matriz oculta a partir da qual a realidade flui. É este tipo de consciência que contém,
entre outras coisas, os arquétipos da tua espécie – os aspectos heróicos da humanidade. Através
desta «interface» com a realidade física, tu podes aceder a outros tempos, outros lugares e outras
dimensões. A maior parte da energia que entra na composição do teu corpo físico provém da assimilação dos alimentos que ingeres; este processo, porém, está a ser gradualmente abandonado porque a energia está a deixar de ser «assimilada» para passar a ser, progressivamente, «projetada».

Vejamos como isto funciona: em vez da energia das proteínas, dos amidos e dos outros componentes da
comida ingerida, os níveis do ESPÍRITO do teu ser já começaram a projetar unidades de energia conscientes para dentro do teu campo físico, cuja missão é fabricar e reparar as estruturas celulares, ou seja, fazer o que, até aqui, era a função da energia «assimilada». Na verdade, o eu-espírito de cada um de vós está a «reformatar», sistematicamente, as células do corpo físico para que passem a ser alimentadas pela energia «projetada», em vez de pela energia «assimilada».

Resta acrescentar que esta energia «projetada» provém da que está por detrás da radiação conhecida
como luz solar. Portanto... tu já começaste a formar aquilo que é conhecido como Corpo de Luz!

Cada vez mais o corpo físico se alimentará de energia, em vez dos nutrientes físicos, contidos no invólucro celular. Uma das consequências desta alteração é que a frequência das células, e do corpo em geral, está a elevar-se.

Com o tempo, o corpo vai começar a brilhar suavemente; aí, estarás num Corpo de Luz!

Há várias formas distintas de desencadear esta mudança, mas, normalmente, torna-se necessária uma
certa forma de consentimento consciente da parte de cada um de vós. A intenção deste livro é oferecer-
vos uma espécie de «mapa de estradas», um plano do terreno que têm pela frente, para que possam
envolver-se neste processo com conhecimento e entendimento. Num excelente livrinho O QUE É UM CORPO DE LUZ, canalizado por Tachi-ren, o Arcanjo Ariel apresenta um «programa» de 12 níveis para chegar à Luz, assim como os sintomas físicos, emocionais e mentais que podem manifestar-se em cada nível.

Cada um dos diferentes campos (físico, emocional, mental e espiritual) vibra de acordo com a sua frequência característica. Numas pessoas vibram rapidamente; noutras, lentamente, Todavia, tu fazes vibrar os teus campos numa proporção específica em relação aos outros campos – 11, 22, 33 e assim sucessivamente. Se a taxa de vibração de um campo muda e a relação varia, sentir-te-ás «deslocado» ou enjoado.

Dado que a vibração dos campos e das taxas relativas de vibração são vitalmente importantes, voltaremos ao assunto na Segunda Parte deste livro.

Para encerrar este capítulo: diz-se com frequência que a ciência e a religião são como dois comboios
movimentando-se na mesma direção, sobre carris paralelos, num processo onde a religião se empenha na exploração do Pensador e a ciência na exploração do Pensamento. Não tarda, porém, ambas se encontrarão num ponto onde os carris passam a ser um só. O que acontecerá então? Bom, poderá ocorrer um choque tremendo ou, pelo contrário, pode ser que, finalmente, compreendam que Pensador e Pensamento são uma e a mesma coisa!

O princípio organizador do Universo e a energia que compõe o universo, físico e não físico, são a mesma
coisa: um contínuo de energia consciente, vibrando em todas as frequências concebíveis e inconcebíveis,
organizadas com uma beleza tal que a respiração se suspende.

E esta energia deleita-se no regozijo da sua criatividade.