quinta-feira, 2 de junho de 2011

UM MANUAL PARA ASCENÇÃO POR SERAPIS BEI - CAPÍTULO VI

CAPÍTULO VI


TRÊS GRANDES MITOS: AMOR, VERDADE, PODER

Uma das limitações causadas pelo fato de negares a tua essência espiritual é perderes os benefícios
de possuir o ponto de vista mais amplo proporcionado por essa verdade. Como resultado, tens de lidar
com imensas distorções nos assuntos do quotidiano. Há milhares de anos que é assim e, como seria de
esperar dada tamanha experiência, é claro que estás perfeitamente habilitado para interpretar erradamente alguns dos aspectos chave da tua vida.

Viver na ignorância foi algo apropriado no passado, porque, se tivesses sabido mais, terias frustrado o
jogo e invalidado parte da experiência que tinhas decidido fazer neste planeta. Chegou, porém, o momento de abrir o saco e de te propor a resolução de três grandes mitos: o amor, a verdade e o poder.

VI.1 - O MITO DO AMOR
O grande mito do amor consiste em estares convencido de que podes amar alguém, alguma coisa ou,
pelo menos, a ti mesmo.

Ninguém pode amar outro; tu não podes amar-te a ti mesmo nem amar outras pessoas!

Sabes porquê? - Porque o amor não é um «fazer» mas um «permitir ser»!

A energia a partir da qual o Universo está construído possui, em si mesma, uma qualidade: o deleite de
ser. Trata-se da aceitação do direito de todas as coisas serem o que são, da alegria da expressão de todas as coisas, à medida que desfrutam do seu direito de ser.

Todos os seres provêm da Fonte e, por isso, têm o direito divino de expressar a sua divindade, tal como
todos os seres têm o direito de desfrutar as expressões dos demais. Assim é porque, na verdade, todos são um só... ainda que engenhosamente disfarçados para darem a sensação de estarem separados. Aceitares esta satisfação de te exprimires, assim como o deleite de ver os outros a fazer o mesmo, é uma experiência maravilhosa, a qual constitui aquilo a que eu chamo «amor».

No entanto, não se pode «fazer» satisfação ou deleite; só se pode permitir que assim seja e deixar que
isso inunde o ser completamente, como qualquer outra emoção. E, de fato, esta emoção não está condicionada por aquilo que o outro ser possa fazer; baseia-se em conhecer e experimentar a divindade que há nele.

Se alguém que tu conheces está, por exemplo, irritado e agressivo, ainda assim, ele está a expressar
a sua divindade... ainda que tal forma de expressão possa não te cativar muito!

Portanto, o amor não é algo que se possa «fazer»; é, sim, a resposta, vinda de dentro, a uma frequência
particular de energia que flui para dentro de ti, que vibra através de ti e ressoa à tua volta, constantemente.


Porém, muitas coisas podem fazer com que te contraias perante o amor. O medo, evidentemente, impedirá que o sintas e distorcerá aquele pouco que ainda sejas capaz de sentir.

O medo não é o oposto do amor; é o guardião vigilante do portão que, muito simplesmente, impede
que sintas altas frequências de energia nos teus campos.

O medo encontra-se enraizado nos sistemas de crenças ou nas opiniões acerca da realidade, embora
tais crenças e opiniões não tenham qualquer relação com a realidade em si mesma.

O amor consiste em te permitires sentir esta energia em relação a ti mesmo, em relação aos outros e
ao Universo em geral. O amor começa com a aceitação do direito de ser, pessoal e alheio, uma aceitação que vai crescendo até se converter num apreço por ti mesmo e pelos outros, pelas suas qualidades, dons e bondade básica. E continua a crescer até se transformar numa alegria e numa fascinação que envolve tudo e todos.

Muito bem. Mas então, o que fazer para que isto te aconteça?

Antes do mais, livra-te do medo de estares separado do ESPÍRITO, de seres incapaz de manejar a tua
vida, de seres melhor ou pior do que os outros. Quando fores capaz de ver, a ti e aos outros, como seres
imensos e multidimensionais «embutidos» em insignificantes corpos, esses medos desvanecer-se-ão.

Isto não é nada fácil porque em todos os momentos estás mergulhado e nadas numa espessa sopa de
medo, denominada realidade de consenso. Mas, tal como veremos adiante, isso não passa da opinião generalizada das pessoas acerca do que é a realidade... o que não tem qualquer semelhança com a verdade. Mas também é verdade que foram vocês todos que construíram essa realidade de consenso ao longo de milhares de anos... o que foi de extrema utilidade para o jogo da separação!

Devido aos medos profundamente enraizados que a maioria das pessoas transporta nos seus campos,
tornam-se incapazes de distinguir entre o amor e o medo. Por conseguinte, aquilo a que essas pessoas chamam amor, na verdade, não passa de um intercâmbio manipulador de atenção e afetos.

A pessoa que não se ama a si mesma ou que não pode fazê-lo porque não pode ver ou não dá permissão à sua própria divindade, irá desesperadamente em busca de alguém que a faça sentir-se segura. E, quando vê esta segurança ameaçada, volta a cair na chantagem e no controlo emocionais através da retenção do afeto... em nome do amor!

Quando se ouve alguém dizer a outra pessoa: «Amo-te», o que, frequentemente, quer dizer é: «Tenho
medo e preciso de ti para seres o meu escudo de proteção». Ou, quando Estanislau (que é casado com
Fenegundes), mantém relações sexuais com Hermenegilda, Fenegundes logo massacrará o marido com o seguinte discurso: «Como foste capaz de me fazer uma coisa destas!? Sempre julguei que me amavas!»Mas – pergunto eu - o que é que a divindade de Estanislau tem a ver com os direitos de exclusividade que Fenegundes pensa ter sobre o corpo do marido?
O que, de fato, ocorre aqui é que Fenegundes está a sentir-se insegura. Se ela fosse capaz de ver a
divindade em si mesma e em Estanislau, muito provavelmente, o comentário seria: «Então? Foi bom?»

Mas – por favor! – trata de ver a perfeição em tudo isto. Conseguir levar a separação até este ponto
requisitou a vossa máxima engenhosidade... a qual se transformou num êxito inaudito!

O amor é relaxares-te dentro da tua própria natureza. De fato, não podes sair prejudicado por te abrires a esta energia. Evidentemente, uma pessoa que ainda esteja a operar a partir do medo, poderá fazer com que passes um mau bocado; todavia, encara esse comportamento como uma réplica baseada no medo, uma resposta que não te é dirigida especificamente, mas sim ao que tu representas para ela. É por essa razão que ela age a partir dos seus próprios medos. Assim sendo, tal comportamento nada tem a ver contigo!

Este ponto de vista é essencial para que possas tornar-te «impessoal»... embora isso seja outro tema.

Desta forma, sente-te infinitamente amado pelas tuas dimensões mais elevadas, especialmente pelo
eu-espírito. Descarta-te do medo de estares sozinho. Não estás só nem nunca poderás vir a estar.

Trata de aceitar e apreciar a tua natureza; se te deleitares com quem verdadeiramente és começarás a
sentir o amor do ESPÍRITO a fluir dentro de ti. E lembra-te: o amor não precisa de ser dirigido para ninguém em particular; o amor não é mais do que a Fonte amando-se a si mesma.

Desde que te permitas sentir o fluxo desta energia, perceberás que ela cresce nos teus campos e, desde
aí, inevitavelmente, projeta-se na direção dos outros. Um dia, quando a represa se romper, verás os
teus campos inundados de uma aceitação incondicional em relação a tudo e todos.

Tudo é feito de uma «coisa boa»; portanto, quem não está submetido ao amor?

«Espera aí! - poderás tu dizer-me – todos os dias estou rodeado de pessoas com espíritos malévolos.
Como poderei amá-los?»

É muito simples: não ofereças resistência às suas caprichosas personalidades ou elas, simplesmente,
assanhar-se-ão ainda mais. Limita-te a abrir o chacra do coração e sente a energia do amor nos teus campos; se abrires o teu chacra cardíaco, essas pessoas terão que se esforçar bastante para manter os delas fechados. E agradece-lhes por te terem dado a oportunidade para praticares este simples estratagema!

O ódio, os ciúmes, etc., são os sinais de uma personalidade baseada no medo, que não pode sentir a
energia do amor no interior dos seus campos. Então, canaliza amor para ela projetando sobre ela uma

5 - Estes nomes foram acrescentados pela tradução portuguesa.

golfada energética de iniciação. Se o medo for demasiado grande talvez a coisa não funcione mas, pelo
menos, esse fluxo de amor projetado impedirá que o medo dela contamine os teus campos. Livre da necessidade de seres condescendente, sê amorosamente compassivo.

Jamais te esqueças disto: estar exilado do ESPIRITO significa morar onde domina o medo.

Nunca antes, na história deste planeta, as energias favoreceram tanto a abertura à vibração do amor.
Por isso, permite-te ressoar com ela à medida em que se for apropriando dos teus campos; permite que
impregne todas as tuas relações, indistintamente: o namorado, os amigos, os familiares, o mecânico de
automóveis, a empregada do supermercado...

Vocês, Trabalhadores da Luz, estão no princípio da fila, à frente do resto da população; além disto -
permitam–me que vos recorde - concordaram em dar inicio a esta brincadeira!

Portanto, quando sentirem a ressonância do amor, ganharão a segurança suficiente para permitirem
que as amizades alcancem novos níveis de intimidade. Ter medo da intimidade significa, muito simplesmente, ter medo de perder a identidade. Posso garantir, no entanto, que, aderindo a tal abertura do coração, vocês sairão a ganhar, não a perder.

Quando as pessoas se permitem vibrar com a energia do amor, sem se verem obrigadas a ceder ante a
imposição de condições ou expectativas futuras, começam a operar de espírito para espírito. Nesta
expressão plena de quem são torna-se fácil e natural compartilhar, mental, emocional e fisicamente. O
sexo, portanto, converte-se na união do espírito com a carne, em vez de ser uma mercadoria passível de
ser transacionada por um pouco de segurança... ou por um bom jantar!

O teu corpo físico é uma gloriosa expressão do Espírito; compartilhar esta expressão de forma
livre, aberta e satisfatória com outras pessoas é, apenas, mais um aspecto da tua divindade.

E o que é que acontece se estiveres envolvido numa relação que começou a definhar?

O velho método consistia em transigir e trabalhar essa relação na esperança de conseguir reconciliar as
diferenças. Agora, porém, já sabes que as vossas «assinaturas» energéticas não estão a engrenar. Assim, dado que ninguém tem a culpa, façam as pazes e sigam em frente. Que cada um siga o seu caminho, antes que comecem as lamentações. Manterem-se de molho na escuridão não serve a nenhum dos dois, e muito menos ao ESPÍRITO. Tu e a tua parceria tinham um acordo de espírito para espírito, para ficarem juntos durante um certo período; e, durante esse lapso, as vossas «assinaturas», de fato, encaixaram-se. Porém, quando um acordo termina, a ressonância começa a falhar e não tarda a darem-se conta de que a «outra metade» quase parece um estranho. Quando a coisa chega a este estado, o melhor que têm a fazer é honrar a situação e declarar um empate! E afastem o medo de que não virão a ter mais relações, pois a ressonância desse medo, vibrando nos vossos campos, afastará os pretendentes. Ao invés, mantenham-nos a vibrar numa saudável expectativa e confiança, e limitem-se a observar!

Pode ser difícil ver a «perfeição do Plano» quando, por exemplo, as relações primárias terminam e,
eventualmente, trazem consigo situações e sensações como abandono, dor, vergonha, culpa, perda de
auto-estima, etc.

De fato, onde está a perfeição em tudo isto?

Bom, lembrem-se de que decidiram participar no jogo, tendo em vista os objetivos a que se propuseram. Talvez tenha sido, por exemplo, para desbaratar o velho padrão de continuar a olhar para fora em busca de aprovação; ou para assimilar novos dados acerca da natureza do amor; ou para se deslocarem para um estado transpessoal. Não importa a razão; observem o quadro completo e vejam se vos serve.

Se calhar sentiram necessidade de ficar sozinhos para ultrapassar certas mudanças... para se libertarem
e começar uma nova relação... para viver noutro lugar...

Vocês são Trabalhadores da Luz, estão aqui com uma missão e propuseram-se certas experiências para
poderem melhorar o desempenho. Este não é um Universo ao acaso; nada ocorre sem que exista um propósito superior. Portanto, tentem ver o quadro completo. Mas, acima de tudo, tratem de não pensar que alguém lhes pregou uma rasteira. Não faz mal sentir um pouco da energia de «vítima» desde que, depois, a retirem dos campos. Porém, de nada serve permitir que a instrução «ser vítima» se converta em parte da identidade. Além disso, por negar a vossa mestria, acaba por se transformar num obstáculo.

Finalmente, lembrem-se de que a «Anedota Cósmica» está escondida algures, à espera que vocês sejam
capazes de se lembrar dela com... engenho e arte!

VI.2 - O MITO DA VERDADE
Outro grande mito do plano físico é que existe algo denominado «A Verdade»!

Este mito, em particular, tem causado mais guerras e conflitos que todos os outros mitos juntos. A
noção de que é possível expressar conceitos multidimensionais em inglês, alemão ou qualquer outro idioma, é ultrajante (embora o hebreu seja o que mais se presta a isso!).

Não, meu amigo, no plano físico, tudo o que ouves não passa de opiniões baseadas, frequentemente,
em outras opiniões recebidas de terceiros, e com as quais acabas por contatar em algum ponto do teu
caminho.

Portanto, procura tratar o que ouves, vês ou lês como uma opinião... incluindo as idéias deste livro!
Só existe uma pessoa capaz de julgar o que é verdadeiro para ti: tu mesmo!

Se crês que o mundo é um lugar inóspito, regido por um deus iracundo e vingativo, assim será.

Quero dizer, assim será... para ti! Mas se acreditas que o Universo é benévolo e que o Espírito te guia a
cada passo, será isso o que experimentarás.

A realidade é infinitamente complexa e maleável, porque está concebida para ser assim. O Universo
não é um mecanismo estático dentro do qual cada um tem de encontrar o seu caminho. O Universo foi
criado para apoiar especificamente todos os seres através de uma infinita variedade de expressões emanadas da Fonte. Esta criatividade é a forma que a Fonte dispõe para se autoconhecer e criar, na qual está incluído o apoio aos «conceitos» que cada um acredita serem os verdadeiros.

As pessoas que participaram na Missão Terra em Sedona, Arizona 6 resumiram isto de uma forma deliciosa: «O Universo reformula-se a si mesmo de acordo com a imagem que cada um tem da realidade».

Na verdade, o Universo é um parque de diversões tendo em vista a criação da realidade. Portanto,
aquilo em que tu acreditas - consciente ou inconscientemente – depende do que crês ser real, por exemplo... os teus próprios conceitos pessoais acerca do que é a realidade!
Ora, tu armazenas e guardas esses «conceitos de realidade» (o que pensas sobre ti mesmo e sobre tudo

o resto: o Espírito, as outras pessoas, a profissão, a parceria, o Universo em geral) nos teus próprios campos. De fato, os acontecimentos da vida quotidiana são fabricados, digamos assim, na moldura holográfica de uma dimensão mais elevada. É como uma fábrica de realidades; e tu, juntamente com todos os outros com quem trabalhas, te divertes ou, simplesmente, te encontras de vez em quando, reúnes-te nesta fábrica não-física de realidades para criar as circunstâncias e os acontecimentos das respectivas vidas no plano físico.
Talvez venhas a dar-te conta de que fazes isso, por exemplo, enquanto estás a dormir.

Dois fatores principais determinam o tipo de acontecimentos que atrais para o plano físico:

1) O plano do ESPÍRITO. Este é sempre positivo e benéfico para o teu crescimento, instante a instante,
ainda que, à primeira vista, te possa parecer que não é assim. Analisa isto detidamente e verás porque é
que bateste com o carro ou te roubaram a carteira! À medida em que te aproximas da ascensão, aperceber-te-ás de que as experiências se vão intensificando. O ritmo de vida acelera–se como resultado do teu envolvimento com o processo de desagregação da casca dos antigos «conceitos de realidade», para que possam ser substituídos por outros novos. Cada vez mais rapidamente!

2) Os teus próprios «conceitos de realidade». Os que estão baseados na limitação e no medo dificultam
que o eu-espírito te cure plenamente e te traga encontros amorosos, quer contigo mesmo, quer com os
demais. Vivendo no medo impedes o eu-espírito de te proporcionar experiências amorosas. Isto significa, evidentemente, que até o amor pode ser interpretado com os olhos do medo e, assim, ser distorcido.

Por conseguinte, se não existe uma só «verdade galáctica», isso quer dizer que podes reunir qualquer
conjunto de verdades que te agrade e, com elas, construir os teus próprios «conceitos de realidade
». Portanto, faz sentido que escolhas aquelas que te tragam alegria e permitam estar feliz.

Mas, por favor, não penses que vais passar a viver num paraíso de idiotas; de fato irás viver num paraíso de pessoas sensatas.

6 -Um grupo de cientistas isolou-se voluntariamente para estudar as consequências de viverem num ambiente auto-suficiente. Nota dos tradutores castelhanos.

Mas, mesmo assim, sempre disporás de alternativas. Por exemplo, podes dedicar-te a trabalhar diligentemente no sentido de averiguar o que deves acreditar que é verdadeiro. A humanidade inteira tem trabalhado muito neste sentido desde o primeiro momento da separação; portanto, estás em muito boa companhia! Porém, sempre que selecionares algo que acreditas ser verdade, automaticamente deixas de procurar e excluis tudo o resto que poderia ser verdade. Por exemplo: limitar a Fonte à definição cristã de «Deus» exclui todas as qualidades de Alá, de Yahweh, do Grande Espírito e das inumeráveis outras deidades, descritas através dos tempos.

Por que não escolhes a saída mais fácil e perguntas, a ti mesmo, enquanto ESPÍRITO, qual é a verdade?
Obterias todas as respostas pretendidas... pelo menos para o resto do tempo que permanecesses nesse
plano físico!

Conseguir o autocontato, enquanto ESPÍRITO, nunca foi tão fácil como agora.

Algumas pessoas passam a vida a saltitar, freneticamente, de um «canal» para outro, numa procura
desesperada da «Verdade»; e não falta, também, quem esteja desejoso de se converter numa autoridade máxima sobre a matéria. No entanto, cada um tem todas as respostas no seu próprio interior.

Assim sendo, pára, relaxa, escuta e confia.

De início, talvez tenhas alguma dificuldade em distinguir entre a «voz» do Espírito e a de um corpo mental hiper-ativo que deseja controlar a experiência. Nesse caso, limita-te a agradecer-lhe e pede-lhe que saia do caminho para que, também ele... possa conhecer a outra «voz» mais aprazível!

Isto, geralmente, resulta!

Portanto, não há só uma «realidade», assim como não há uma «verdade» única; o que há são os teus
«conceitos de realidade» herdados dos pais, professores, parcerias, etc. Mas também existe o ponto de
vista do eu-espírito (desde que ele consiga fluir através dos teus campos!), o qual, normalmente, está
distorcido pelos tais «conceitos» que limitam a realidade. Devido a tais distorções, um contacto com o eu-espírito é frequentemente interpretado como um encontro alienígena com o demônio, com um deus projetado para fora do «eu» ou, simplesmente, como «um produto da imaginação».

Porém, tal como nunca aconteceu antes, tu, enquanto ESPÍRITO, estás a abandonar progressivamente
os «conceitos de realidade» do eu-ego e a tentar discernir aqueles que o teu eu-espírito sustenta. A ascensão é, de fato, um conceito tão imenso que deves descartar-te desses pequenos «conceitos de realidade» do eu-ego... isto se quiseres aprender, pelo menos, uma facção do seu significado total.

Por conseguinte, desfaz-te de todas as opiniões acerca de quem és, acerca do que os outros são e acerca do que o ESPÍRITO é. Mantém os sistemas de crenças plenamente abertos à mudança, e o discernimento vivo e são.

Como a crença mata o entendimento, poderás perguntar: «Então, o que é que sobra?»

A crença parte do desejo de que algo seja verdade; é construída sobre idéias preconcebidas e julgamentos; a crença permite que a mente se abra somente ao que «encaixa» no seu modelo. A fé, por
outro lado, é um mergulho no desconhecido, com a mente aberta, sabendo que a atitude correta é
deixar-se ir. A fé sabe que pode não ser seguro nem cômodo, mas, mesmo assim, sabe que está certo.
A crença prende; a fé liberta. A verdade jamais poderá ser encontrada através da crença, mas sim,
unicamente, através da simplicidade da fé.

A fé é o ponto de partida; muitos buscadores, porém, abandonam-na ao longo do caminho, em troca da
adesão férrea a uma ou outra crença. Mas é impossível desvendar o mistério somente através das crenças, porque só se pode crer naquilo que já se conhece. A verdade, vai mais além da imaginação. Nada do que possas imaginar será capaz de captar a enormidade e a glória do que está prestes a acontecer.

Concluindo: o único caminho é a fé, uma mente aberta e um coração igualmente aberto.

VI.3 - O MITO DO PODER
Quando observas o mundo atual, vês exemplos de grupos e de nações que usam a força para invadir e
atacar outros grupos e nações. Umas vezes, fazem-no para se apoderarem de recursos naturais, tais como terras ou petróleo, outras vezes para destruir uma cultura, um sistema de crenças ou, simplesmente... porque o ADN concedeu uma aparência física distinta a um determinado grupo humano!

No próprio coração do mito do poder existe uma confusão fortemente enraizada entre o que é o «poder
sobre...» e o «poder com...»

VI.3.1 - O PODER SOBRE...
Quando o mundo refere um homem ou uma mulher poderosos, a que tipo de poder se está a referir
concretamente?

Se definires o mundo somente através dos cinco sentidos físicos, então o poder fica definido por aquilo
que és capaz de ver, tocar, sentir, escutar e provar. Vês o poder como dominação ou como «poder sobre» os outros, sobre o meio ambiente ou, inclusive, sobre ti mesmo. E, face à forma como as sociedades definem o poder e o concentram em uns poucos indivíduos, torna-se fundamental estabelecer organizações para prevenir o mau uso dele. Por isso, é necessário ter vigilantes que averigúem aqueles que detêm o poder. Assim, quando uma sociedade ou um grupo define o poder em termos da habilidade para administrar o uso de recursos tais como dinheiro, vidas humanas, exércitos, armamento, alimentos e matérias primas, o medo fundamental reside na possibilidade de que esse poder venha a cair nas mãos de outra pessoa ou de outro grupo. Este «poder sobre» os demais, evidentemente, reforça e aprofunda a separação, dado que é impossível exercer o «poder sobre» as pessoas sem as converter em «os outros», quer seja baseando-se na sua religião ou ideologia, quer seja na cor de pele ou no gênero. Quando a personalidade procura o poder fora de si mesma, centra-se nas coisas materiais e nas outras personalidades, uma atitude que está contaminada pelo conceito de que algo é «mais poderoso do que eu» ou «menos poderoso do que
eu».

Mas há uma alternativa para este falso tipo de poder. Quando nos voltamos para o ESPÍRITO revela-se
um poder baseado na criatividade, na cooperação amorosa, na reverência, na harmonia e na colaboração heróica.

VI.3.2 - O PODER COM...
Este poder alternativo está baseado no «poder com» o ESPÍRITO e com os demais seres humanos; ironicamente, porém, o primeiro passo para chegar ao «poder com...» é a rendição. Mas a rendição perante o ESPÍRITO poderá parecer a submissão ante algo que é «mais poderoso do que eu», tal como no caso do «poder sobre...» Ora, não será isto o mesmo cão com uma coleira diferente? Bom, o «poder sobre...» requer, de fato, a submissão de um perante outro porque ambos se sentem separados. Portanto, só se verifica quando esse sentimento de separação existe.

Enquanto te sentires separado do ESPÍRITO verás na rendição uma sujeição ante uma força superior,
como se fosses uma cidade sitiada que, finalmente, abre as portas ao saque e à violação por parte do
exército conquistador. Mas se, pelo contrário, sentes uma união perfeita com o ESPÍRITO, a rendição converte-se na ampliação dos teus insignificantes planos, cuja existência está limitada pelo medo; a rendição irá substituí-los por outros grandiosos, de ascensão planetária e pessoal, nos quais o individualismo do «tenho de fazer tudo sozinho» é trocado pelo alinhamento com as forças inimaginavelmente poderosas que, hoje, concentram o seu trabalho sobre o planeta.

O teu problema, enquanto alguém que usa o poder baseado na personalidade, isto é, separado do ESPÍRITO, é que podes vir a perdê-lo: outros podem roubar os teus recursos, a idade pode roubar-te o vigor, a doença pode roubar-te a saúde. Mas se baseares o poder naquilo que és, nada nem ninguém to poderá roubar.

O fato de te veres a ti mesmo como um ser multidimensional que está a passar por uma experiência
humana, em vez de um humano que está a viver uma experiência espiritual, põe-te em contacto com o
verdadeiro poder, com a sua ilimitada criatividade e potencial. Ironicamente, porém, a coisa mais poderosa que fizeste foi teres desenvolvido a habilidade para te transformares num ser humano! Conseguiste fazer com que os teus corpos crescessem dentro de uma matriz feminina; conseguiste que, no momento do nascimento, ou pouco antes, uma parte da tua identidade fosse incorporada nesse pequenino corpo; conseguiste que o «pano» descesse sobre a consciência para que te fosse possível esquecer o que tinhas feito; por fim, conseguiste esquecer-te do teu verdadeiro poder e identidade... só para que a brincadeira fosse mais convincente!

Este é um dos atos mais poderosos jamais realizados em qualquer ponto de qualquer Universo! Cada
um de vocês disse: «Sou suficientemente forte e imenso para cumprir esta vida. Posso vendar os meus
próprios olhos perante o meu ser colossal e triunfar entre os bilhões de outros que fizeram a mesma coisa. Talvez nos combatamos, talvez haja disputas; mas conseguiremos transcendê-las e conseguiremos recordar a nossa verdadeira natureza.» E, de fato, quando não estão conscientes do verdadeiro poder que detêm, tratam de se guerrear para açambarcar o mais possível, antes que outro o faça.

Cada ação não amável ou daninha que este planeta viu ocorrer, sempre foi cometida por alguém
que, de alguma forma, se sentia impotente; e quanto mais forte for o sentimento de impotência, maior
será a falta de amabilidade ou o dano da ação.

Só podes exercer «poder sobre» os outros se os teus «conceitos de realidade» te informarem que «eles»
estão separados de ti... mas também alterar estes «conceitos de realidade» no que toca à «separação»!

No entanto, o que dificulta o acesso ao teu verdadeiro poder e natureza é o fato de, na espécie
humana, a pedra angular da separação estar edificada no nível celular. Realmente, raros são aqueles que sentem uma verdadeira unicidade num nível físico profundo; a maioria sente algo muito diferente, algo que está armazenado a nível celular: a vergonha.

VI.3.3 - A VERGONHA
A personalidade, inicialmente, serviu como os «olhos e os ouvidos» do ESPÍRITO sobre este planeta.
Mas, há muitíssimo tempo, quando decidiram brincar ao jogo da separação, a personalidade assumiu uma identidade separada do ESPÍRITO. Então, vocês moldaram um ego externo que assumisse o papel do ESPÍRITO e determinasse o que era real, e o que fazer tendo por base essa percepção de «real». Então, para que o eu-ego se mantivesse inconsciente da separação do ESPÍRITO (a chamada «queda do homem»), resolveram depositar uma energia muito especial na estrutura genética da espécie humana.

Trata-se da vibração da vergonha, a qual opera de forma diferente em cada pessoa: uns sentem-se
como «anjos caídos», outros como se tivessem sido apanhados a cometer uma terrível ofensa, outros, ainda, como se estivessem sujos e enlameados. Porém, todos fazem grandes esforços para evitar este sentimento de não serem merecedoras.

Tenta observar alguns acontecimentos da tua vida a partir deste ponto de vista e perceberás o que te
quero dizer?

A compensação por sentir esta vergonha também é demonstrada de maneiras diferentes: elitismo,
competência, etc. Por exemplo, quando alguém se sente separado dos outros e nem sequer está seguro da existência de algo chamado ESPÍRITO, é inevitável que o eu-ego procure a segurança comparando-se com os demais e tratando de se instalar o mais alto possível na escala social.

A razão pela qual as notícias da TV se centram em mortes e acidentes é para permitir que sintas que
outra pessoa está em pior situação do que tu; assim, pelo menos temporariamente, sentes-te um pouco
mais protegido apenas porque, hoje, não te tocou a ti!

Sentindo-se exilada do ESPÍRITO, a personalidade vê a vida quase como um castigo, em vez de como
uma dádiva ou de como uma oportunidade para se expressar. Daí que a expressão «prisão perpétua» passe a ter todo o significado.

O que interessa saber sobre esta vergonha, é que ela é uma herança dos teus genes, pois faz parte do
programa de vivência no Planeta Terra; está, no entanto, tão enraizada no teu corpo físico que nunca a
examinas como aquilo que é: uma condição inerente ao fato de estares encarnado. Por isso, cada vez que ouves alguém dizer algo como: «Deverias era ter vergonha de ti mesmo!», a faca remexe-se na ferida.

É que, num nível muito profundo, concordas com tais palavras!

É claro que todos colaboraram para que o jogo da separação fosse assim. Não era possível que se limitassem a simular que estavam separados do ESPÍRITO; a coisa tinha de ser feita com muito realismo para que o jogo funcionasse. E não há dúvida que, como facilmente se pode verificar, funciona perfeitamente!

Portanto, a vergonha reside no centro de cada célula do corpo físico. Normalmente, ao desencarnar
deixas essa vergonha «celular» para trás; todavia, se queres ascender com o corpo, tens de a libertar das tuas células.

VI.3.4 - A LIBERTAÇÃO CELULAR
Muitos Trabalhadores da Luz estão a iluminar um caminho para que outros irmãos o possam vir a percorrer. Em fases extremas deste processo, alguns poderão sentir-se repentinamente forçados a uma posição de impotência, o que pode causar uma rápida e maciça libertação da vergonha das células para os seus campos de energia, de onde, então, poderá ser removida.

É claro nem todos os Trabalhadores da Luz tomarão a decisão de seguir este procedimento; muitos preferirão uma libertação mais suave e a mais longo prazo. De qualquer forma, quando sentires qualquer tipo de vergonha, fica sabendo que não se trata de algo teu, mas sim de outra energia que deves retirar do teu campo energético. Portanto, não consideres a vergonha como parte da tua identidade, e não te sintas culpado de seres quem és.

A verdade é que, enquanto Trabalhador da Luz, tu estás a transformar a vergonha inerente à espécie
humana, em uma expressão mais elevada de unicidade e de serviço com o ESPÍRITO. Assim, a energia da vergonha, tendo o ESPÍRITO por guia, está a ser removida das tuas células para os campos energéticos uma experiência que, muito frequentemente, é encarada como preocupante, em vez de como uma condição inerente ao ser humano. A melhor forma de lidar com esta situação é passar através dela. Pretender evitar ou tentar suprimir o sentimento de vergonha equivale a reconhecer a sua realidade e a tua impotência para resolver a questão. Por conseguinte, muito simplesmente, encara-a como uma herança celular, algo impresso pela cultura terrena, e não como uma parte da tua identidade divina.

E, uma vez que irás sentir os efeitos da «cremação» da vergonha retirada das tuas células, permite-te
reconhecer que tal operação não concerne à tua essência, mas que é algo com que vieste lidar a este planeta. Se, acaso, te sentires desamparado e impotente, procura outros Trabalhadores da Luz, alguns dos quais, certamente, estarão a passar pela mesma experiência. E não te inibas em aceitar ajuda deles; o tempo do individualismo já passou. A Humanidade tem vindo a deslocar-se para uma era de co-criação, pelo que se torna importante permitir a inter-ajuda.

Os Trabalhadores da Luz têm estado a cumprir a sua missão neste planeta mas, até ao presente e em
muitos casos, isso tem ocorrido solitariamente. Agora, porém, estão a ser chamados para que trabalhem
com outros Trabalhadores da Luz na co-criação do seguinte nível de evolução da espécie humana, à medida que os antigos padrões, baseados na separação, vão sendo extraídos da herança genética da espécie. Todavia, os Trabalhadores da Luz não podem fazer isto sozinhos!

Outro recurso que podes utilizar sempre que a vergonha aflorar, é sentires o teu verdadeiro poder.
Neste sentido:

• pede ao ESPÍRITO «uma capacidade cada vez maior para fazer o que seja necessário»;
• invoca os anjos da Força Destruidora para que centrifuguem essa energia para fora dos teus
campos energéticos;
• pede a Saint Germain que aplique a Chama Violeta nos teus campos.
Após uns poucos segundos, ou minutos, sentir-te-ás mais calmo e sutilmente mais poderoso. Permite
que este novo sentimento de poder flua nos teus corpos e visualiza como ele enche e inunda o espaço
deixado vazio pela vergonha que foi removida das células.

VI.3.5 - CONTROLO
Outra parte do mito do poder é a ilusão do controlo. Qualquer controlo que julgas ter sobre ti mesmo
pertence ao ESPÍRITO.

Quando as coisas correm bem na tua vida, significa que o teu eu-espírito está a trabalhar através
dos teus campos de energia; quando correm mal, continua a ser o trabalho do eu-espírito só que, neste
caso, ele tenta chamar a atenção consciente da personalidade ou procura pô-la ao corrente de algo
importante.

Portanto, se as coisas não estão a decorrer de feição, procura sinais de limitação ou de controlo nos
teus «conceitos de realidade».

Pretender controlar ou manipular os acontecimentos, de acordo com as idéias da personalidade e com
a forma como as coisas deveriam ser, é uma atividade escusada que pode gerar desilusão, frustração e
raiva. Assim sendo que podes tu fazer?

Quando te alinhares com a intenção do ESPÍRITO no que concerne às tuas funções, converter-te-ás
numa força que não pode ser detida porque, a partir desse momento, segues o fluxo do Universo.

E, com isto, voltamos à velha pergunta: Como se sabe qual é a intenção do ESPÍRITO? Uma resposta
possível é: Qualquer coisa que faça cantar o teu coração!

Ariel oferece-nos um teste triplo para decidir neste sentido:

1) Dá-te satisfação?

2) É divertido?

3) Serve aos propósitos da Luz?

Se as três respostas forem afirmativas estarás a seguir os propósitos do ESPÍRITO; se uma ou duas forem negativas é provável que o curso da ação não esteja alinhado com esses propósitos.

Se fizeres estas três perguntas em relação, por exemplo, ao teu trabalho ou profissão, e se obtiveres
um «não» para todas as três perguntas, é melhor começares a pensar seriamente em mudar de trabalho ou até mesmo de carreira, pois não estás em sintonia com o teu verdadeiro poder. Ir «contra a corrente» dá imenso trabalho, ao passo que «fluir com a corrente» não pede grande esforço... e é muito mais divertido! Fluir com a corrente ajuda as coisas a crescer em vez de a desmoronarem-se, e as pessoas que vão surgindo ajudam, em vez de estorvar. Assim, o controlo é uma ilusão; o fluir com o ESPÍRITO é uma realidade.

Tudo o que és e tudo o que possuis é o resultado da forma como o teu eu-espírito dispõe as coisas. O
que podes fazer, ao nível da personalidade, é estar consciente destas informações e adicioná-las à «linha de produção».

Garanto-te que serás ouvido!

VI.3.6 - O VERDADEIRO PODER
À primeira vista, a vergonha e o abandono do controlo parecem ter pouca relação com o poder. Estão,
porém, ligados, porque exercer o controlo e o poder sobre os outros é uma reposta direta à vergonha, a nível celular, e uma tentativa de a suprimir.

Vocês colocaram a vergonha nas células para impedir que pudessem sentir o verdadeiro poder!

Portanto, o verdadeiro poder é, simultaneamente, a arma para lidar com a vergonha e o resultado obtido depois dela ser removida das células. O verdadeiro poder é um «estado de ser», não um «estado de fazer». «Fazer» o poder é o método antigo; «ser» o poder é expressar o ESPÍRITO. Isto não quer dizer, todavia, que devas sentar-te numa almofada e passes o resto da vida a irradiar energia. Podes atuar... mas com uma diferença: agora, as ações provêm desse lugar interno calmo e sereno, que sabe ser uma força imensa e ilimitada trabalhando harmoniosamente com Tudo O Que É.

Precisamente da mesma forma em que «O Tao acerca do qual se pode falar, não é o Tao», o poder que
deve atuar não é o verdadeiro poder. O verdadeiro poder é forte e humilde ao mesmo tempo, porque
conhece a sua força. A força significa caminhar sem medo, uma vez que temer seja o que for nega a habilidade individual de alguém criar a sua própria realidade.

• Caminha envolto em segurança porque já não há estranhos, porque estás em harmonia com a Natureza e com todas as suas criaturas.
• Ama livremente através do verdadeiro poder, porque já não receias nem a rejeição nem a dor.
• Dá a partir de ti mesmo, sabendo que a rejeição é um sinal de que os outros são incapazes de
receber o que tu és!
• Deixa de competir com demais, porque a competição implica vergonha e nega a mestria de uns e
outros; reconhece que, em última instância, estás a competir contra ti mesmo. O verdadeiro poder
coopera sem egoísmo, reconhecendo que ninguém o pode explorar.
• Perdoa incondicionalmente sabendo que fluis através da vida reconhecendo que comparticipas na
criação de cada acontecimento das tuas vidas.
• Não atires a culpa para cima de ninguém nem sequer de ti mesmo, porque vives permanentemente
na esteira do ESPÍRITO.
• Não julgues nada nem ninguém, pois o julgamento está ancorado na vergonha; ao invés, considera
o ESPÍRITO para saber o que é verdadeiro em cada momento. A partir desta perspectiva passas a
ver tudo com os olhos do ESPÍRITO que se expressa e passa a trabalhar através da tua personalidade.
Talvez não vejas a perfeição na resposta dos outros; saberás, contudo, que não és o seu juiz e que lhes
dás o espaço de que necessitam, sem te enredares nas situações em que estão envolvidos. E, se o sofrimento te visitar, não o evites; experimenta-o e honra a tua criatividade por o teres manifestado. A marca mais grandiosa da pessoa verdadeiramente poderosa é a sua habilidade de se compartilhar a si mesma com os outros, permitindo que o amor do ESPÍRITO lhes chegue, sem restrição.

Tal como já vimos, o amor não é algo que se «faça» mas sim algo que se permite que seja. O amor é
algo que só ocorre quando alguém se permite vivenciar o seu próprio poder. Vejo muitos Trabalhadores da Luz escondendo-se sob uma falsa humildade ou modéstia, enquanto tratam de se manipular a si mesmos para parecerem que são «primorosamente primorosos».

Por favor, não te mentalizes no sentido de rechaçar o teu poder. Muita gente julga que o preço de pertencer à chamada Nova Era é o abandono de todos os tipos de poder, inclusivamente o seu verdadeiro poder. Não podem estar mais enganados!

A partir do primeiro empurrão agressivo associado ao teu nascimento no mundo do plano físico, estás
aqui para servir o planeta e a sua população autóctone. Não podes cumprir isso choramingando,
escondido no quarto. Tu és o ESPÍRITO encarnado e chegaste aqui com uma missão. Por conseguinte
permite-te assumir o teu verdadeiro poder e trata de ser quem, de fato, és.

Qualquer ação que te apeteça empreender a partir destas premissas estará baseada no verdadeiro poder, no «estado de ser» da tua imensa magnificência. Isto não significa que abandones a docilidade e a gentileza... ainda que, de vez em quando, isso possa acontecer; significa, sim, que atuas a partir do
amor e da compaixão, desse estado onde não há medo, fazendo o que sentes ser correto para esse momento. Algumas vezes agirás sozinho; outras vezes, dentro da aura de poder de outros professores.

Portanto, dado que estão a entrar – todos! - num tempo de gloriosa expressividade, cada uma das vossas facetas é merecedora de tal expressividade. Saúdo-vos por terem empreendido esta existência e encerro este capítulo recordando-lhes o quão poderoso é, na verdade, o ser que são.

Concertados com outros Trabalhadores da Luz, podem co-criar milagres.


SEGUNDA PARTE


A ASCENSÃO; COMO REALIZÁ-LA?

A Primeira Parte foi dedicada ao que necessitam saber para se prepararem para a ascensão. Vimos
como a espécie humana tomou essa monumental decisão de transcender o véu de amnésia por ocasião do nascimento, donde decorre que comecem cada encarnação sem saber quem são na verdade. Desde que a decisão de criar esse véu foi tomada, a espécie inteira, metida nos seus corpos e mantida por detrás do véu, tem utilizado uma enorme quantidade de energia para tentar resolver esse enigma.

De fato, a humanidade optou por acreditar que o ESPÍRITO é algo que está fora de si mesma. A esse
«algo» ou deu o nome de Deus ou, ao perceber a imensidade do ESPÍRITO, criou um panteão completo de deuses que deveriam ser adorados. O homem assassinou o homem por causa das divergências relacionadas com os conceitos que eles próprios tinham inventado. Porém, através desta gloriosa experiência, a Fonte – ou seja, vocês no sentido mais amplo – aumentou o conhecimento acerca de si mesma!

Esta experiência, porém, chegou ao fim. Chegou o momento de arrumar a trouxa e continuar o
caminho. Isso é a ascensão! A tarefa prioritária, agora, consiste em que todas as projeções do eu-ego
escolham – conscientemente – incorporar o ESPÍRITO. Isto significa alinhar os três corpos de energia de frequência mais baixa com a energia do ESPÍRITO, permitindo que flua em plena liberdade através
deles.

Enquanto ESPÍRITO, tu sempre operaste através do eu-ego... mas ele tem estado demasiadamente preocupado para se aperceber:

• que, por natureza, és primordialmente ESPÍRITO, em vez de um corpo com sentimentos;
• que crias a tua realidade através dos próprios pensamentos;
• que cada coisa que vês não passa de energia «capturada» para te dar a sensação de solidez;
• que vives num estado de alerta total e consciente do ESPÍRITO que te permite saber, sem qualquer
dúvida, que todos são ESPÍRITO, constituídos pela mesma «coisa» que constitui a Fonte;
• que há níveis de conhecimento e um amor incondicional, desconhecidos neste planeta há centenas
de milhar de anos;
• que podes criar, conscientemente, qualquer objeto ou circunstância que desejas, desde que estejas
consciente do tipo de amor incondicional que tal poder requer...
Nesta Segunda Parte veremos o que é necessário para que o eu-ego se aperceba, finalmente, de tudo
isto.

O que é irônico em relação à ascensão é que ela deve começar com a descida do ESPÍRITO aos campos
físico, emocional e mental; ora, enquanto ESPÍRITO, a espécie humana é responsável por este processo.

Veremos, então, o que poderás fazer para que a personalidade não obstrua o caminho.

Deves ter consciência do que está a passar-se e, claro, desejar que isso se conclua. No entanto, desde
que construas metade da ponte, o ESPÍRITO construirá a outra metade, e ambos se encontrarão no meio.

A tua parte desta tarefa é retirar a vibração mais lenta dos teus campos, alinhá-los e prepará-los para
lidar com um forte influxo de energia de alta frequência; a parte do ESPÍRITO é inundar estes campos com a energia que te é própria e completar o alinhamento.

Tudo é, evidentemente, ESPÍRITO; trata-se, simplesmente, de quanta distorção existe no eu-ego quando O expressa.

Nesta Segunda Parte contém informações e sugestões para este processo. Todavia, é preciso entender
que a ação é diferente para cada pessoa e que, portanto, as sugestões são muito genéricas.

Felizmente, à medida em que os canais entre o eu-ego e o eu-espírito se vão abrindo, cada vez
mais o ESPÍRITO assumirá o papel de guia - um papel que já desempenhou muitas vezes, antes. Este guia pessoal é muito mais valioso do que qualquer coisa que possam receber de mim ou de outra autoridade externa. A chave chama-se: confiança. Como a natureza humana se acostumou a dar muita
atenção ao que provém do exterior, a parte fundamental deste processo é aprender a confiar no
ESPÍRITO, em vez de nas autoridades externas.

Lembras-te da gelatina de que falamos antes e do que se passava com a amarela quando uma onda estacionária era aplicada à vermelha? Lembras-te como, gradualmente, esta começava a construir a mesma onda estacionária? Lembras-te de como é que, se a amarela estivesse no interior da vermelha, vibraria simultaneamente como a vermelha? Pois bem: por seres algo físico no plano físico, tu estás completamente rodeado pelo campo do planeta. Os teus campos, não só interagem com os das outras pessoas - captando as energias delas e criando as suas próprias ondas estacionárias - mas também estão imersos no campo planetário. De certa forma, eles estão predispostos quer à energia dos campos alheios, individuais, quer à energia dos campos planetários, globais, da realidade de consenso. É por isso que as ondas estacionárias são inevitáveis... e algumas delas nada têm de agradável!

Portanto, é necessário que ocorram duas coisas:

1. Que reduzas a predisposição para ressoar as ondas estacionárias que não desejas;
2. Que aumentes a predisposição para ressoar as que desejas.
Analisaremos ambas as vias:

1. Veremos como poderás desligar-te da energia disfuncional de outras pessoas ou da energia realidade
do consenso. Isso será feito de duas maneiras, atuando sobre os teus corpos:
- removendo as tuas próprias «velhas» energias que deixaram de funcionar;
- elevando as frequências mais baixas, por forma a ultrapassar o nível em que as ressonâncias indesejáveis se podem apresentar.
2. Examinaremos como poderás entrar em ressonância com a energia com que desejas impregnar-te, ou
seja, com a energia do ESPÍRITO. Lembra-te de que a tua maior ambição enquanto ESPÍRITO é que, enquanto eu-ego, venhas a ascender. Sob esta óptica, isto significa que o eu-ego tem de se redefinir a si mesmo como ESPÍRITO. Por outras palavras: o eu-ego não tem de alterar o que julga ser; tem de se ver, sentir, pensar e ser tal como o ESPÍRITO
é. O ego sempre foi ESPÍRITO... embora não tenha a mínima idéia disso! A verdade, porém, é que
esta ignorância tem vindo a distorcer, muito frequentemente, a expressão que o eu-ego tem de fazer do
ESPÍRITO. Por conseguinte, é hora do eu-ego expandir a sua consciência, deixar cair véus e medos, e
incorporar o ESPÍRITO!

Trata-se da culminação de todo um ciclo de vidas: quando o eu-ego incorporar o ESPÍRITO, o «tu» que
conheces passa a ser o «corpo» do teu eu-espírito - isso que conduzirá em direção à Luz qualquer outra
encarnação que venhas a ter ao longo do tempo!

Até a alguns anos, este processo era extremamente difícil. Para que pudesses elevar as tuas frequências e moveres-te entre os planos era necessária muita dedicação e treino prolongado. Agora, porém, as dificuldades desapareceram. Por exemplo, Sananda criou um «elevador» entre os sistemas dos planos – aquilo a que nós chamamos Banda ou Frequência Unitária. Como todo o planeta está a ascender, um magnífico empurrão está em curso para que o maior número possível de seres humanos ascenda juntamente com ele. Nesta parte do livro, veremos como fazê-lo.

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