quinta-feira, 2 de junho de 2011

UM MANUAL PARA ASCENÇÃO POR SERAPIS BEI - CAPÍTULO I

CAPÍTULO I


O QUE É A ENERGIA?


Tu possuis um determinado número de corpos. Estás familiarizado com um deles, o corpo físico, embora
já não se passe o mesmo com o corpo emocional, o corpo mental e o corpo espiritual. Todos estes corpos são compostos de energia. Esta energia, porém, não pertence ao espectro eletromagnético que integra a luz, as ondas de rádio e os raios X, etc., que se mede por comprimentos de onda e que vocês bem conhecem. Esta energia de que falo encontra-se por detrás dessa outra, por detrás daquilo a que chamas matéria. Trata-se de uma energia que não pode ser detectada pelos instrumentos dos cientistas, porque esses aparelhos também são feitos de matéria... e nenhum artefato pode detectar frequências mais elevadas do que aquelas de que é feito!

Esta energia de frequência mais elevada é a energia da Fonte, a partir da qual derivam as diferentes
frequências da energia dessa 3ª dimensão onde estás, uma das quais, por exemplo, conheces como luz.
Embora a energia seja um contínuo, podemos pensar nela, no que diz respeito ao nosso tema, como uma quantidade infinita de «unidades», onde cada uma delas dispõe de um tipo particular de consciência.

Estas unidades de energia concordam em integrar esquemas de consciência de ordem muita elevada,
tais como eu mesmo ou as células do teu corpo. Esta energia é, portanto, o que eu e tu somos; é dela que somos feitos. E o estado de alerta por ela alcançado constitui, por sua vez, a base da consciência que temos acerca de nós mesmos. Como resposta, o nosso sentido de ser organiza essas unidades de energia e fornece-lhes uma estrutura psicológica, mediante a qual elas podem expressar-se a si mesmas.

O Universo está organizado para permitir que alguns estados de ser da energia, tais como eu mesmo,
possam desempenhar uma função. Qualquer nome que usemos faz referência à função que estamos a desempenhar quando nos comunicamos com vocês e nenhum deles implica que haja qualquer identidade dentro do ESPÍRITO. Qualquer nome que eu use tem o único propósito de ser conveniente à comunicação com a tua mente consciente. Apesar de ter plena consciência de ser energia pura do ESPÍRITO, não me considero possuidor de outra identidade distinta daquela que desempenho. Assim, sou a energia que, neste momento, constitui o estado de ser denominado Serapis.... mas esta energia está a elevar-se e a mudar constantemente!

Através desta explicação facilmente poderás deduzir que a energia está dividida em oitavas: a Fonte
ocupa a oitava mais elevada e o plano físico representa a mais baixa. Eu e outros níveis do teu ser existimos e desempenhamos as nossas funções nesse leque de oitavas. Imagina-as como se fossem as várias bandas do teu rádio FM; e imagina cada ser, eu ou tu, como se fosse uma determinada estação. Cada estação capta uma faixa diferente de frequências; cada um de nós, porém, opera em todas as bandas. Ocupamos a mesma posição relativa em cada banda, elevando progressivamente a frequência. Para usar a analogia de um teclado do piano, digamos que somos feitos da mesma nota relativa em cada uma das suas sete oitavas. Se as tuas notas individuais, dentro de cada uma destas sete oitavas, fossem todas tocadas simultaneamente, o som resultante seria a totalidade do teu ser: um som muito harmonioso!

Nota que estas analogias estão muito longe de poder transmitir-te a realidade. Há muitas bandas e, em
cada uma delas, há um número infinito de notas. Ora, também nestes níveis vocês se mesclam permanentemente com outras energias para realizar certas funções. Não é somente o meu ser que está composto de energia. Qualquer coisa que conceba manifestar-se-á através da ulterior organização das unidades de energia: quando pretendo criar algo, seja um átomo ou uma galáxia, começo por projetar um campo receptivo, análogo ao espaço, e logo irradio unidades de energia para o seu interior, organizadas de acordo com a minha intenção ou com as minhas formas de pensamento.

A única maneira de criar algo é organizando este fornecimento ilimitado de unidades de energia, de
acordo com a intenção. Assim, não só o ser que conheço como eu mesmo, mas também tudo aquilo que
crio ou destruo, é composto de energia.
Repito: esta energia não é nem o calor nem a luz que conheces, mas sim uma energia muito mais subtil... mais parecida com a energia de um dos teus pensamentos.


Isto suscita muitas perguntas interessantes acerca das dimensões da energia, tal como, por exemplo a
natureza do espaço e do tempo.

I.1 - O ESPAÇO
Disse, acima, que quando pretendo criar algo, começo por projetar um campo receptivo, análogo ao
espaço, para cujo interior irradio unidades de energia de acordo com a minha intenção. Esta ordem de
espaço é, porém, muito mais elevada do que a do espaço físico onde tu estás; do ponto de vista terreno,
não seria preciso nenhum espaço em absoluto. No entanto, ele é tão detalhadamente real para mim, tal
como as dimensões de um quarto o são para ti. Eu projeto, ou imagino, este espaço... tal como outros,
como eu, estão projetando o espaço tridimensional no qual tu vives!

Já poderás ter ouvido dizer que o espaço físico nada mais é do que uma forma de pensamento ou a
construção de uma idéia. Ora, isto levanta a seguinte pergunta:

- Quem é que tem esse pensamento? Fique tranquila! Há entidades imensas «pensando», mui diligentemente, o teu espaço tridimensional, mantendo-o com uma claridade e uma concentração que não podem ser descritas.

Muitos seres humanos participam nisso através dos seus níveis superiores!

O espaço por nós concebido é o mais adequado à energia, tal como uma estrada asfaltada é mais «adequada» aos veículos do que o terreno que está por baixo dela; ou tal como um fio metálico conduz melhor a eletricidade do que o ar que se respira.

O espaço, portanto, é um campo criado para conduzir a energia!

Nas dimensões superiores nós criamos o nosso próprio espaço; porém, na 3ª dimensão onde vocês
estão, os vossos níveis mais altos – aqueles que vibram nas dimensões superiores - criam o espaço físico... para que os seus próprios níveis mais baixos possam viver no plano físico!

Este espaço é, simultaneamente, um campo unificador e um campo separador: unificador, porque
permite que aquilo que irradiamos para dentro dele possa interagir; separador, porque está organizado
para que as radiações não se sobreponham. Imagina o contacto entre dois objetos, por exemplo um livro e o apoio que, na prateleira, o mantém de pé. O livro e o apoio não se interpenetram porque o tipo de energia que projetamos mantém os seus campos separados.

I.2 - O TEMPO
Da minha perspectiva - e também da perspectiva dos níveis superiores do teu próprio ser - o tempo, tal
como o conheces, muito simplesmente, não existe!

Eu, e os níveis superiores do teu próprio ser, participamos plenamente no presente, passado e futuro
deste planeta, simultaneamente. Sou consciente, com uma certeza semelhante à que tu tens em relação à tua atual encarnação, de que algumas frações da minha energia estão encarnadas em muitos sítios da
história da Terra. Deve-se isto a que não estou constrangido por um cérebro linear, mas utilizo o conhecimento direto. Esta é a grande diferença entre nós.

O cérebro humano opera de forma sequencial, com um tempo finito, necessário para processar qualquer
informação sensorial. Sem desdenhar da sua assombrosa estrutura, o cérebro e o sistema nervoso são
lentos. Quando queimas um dedo, tira-lo do lume ou sacodes a brasa; entre o contacto inicial e o ato de soltar a brasa pode decorrer até um segundo; outros projetos mais complexos, porém, tal como desenhar uma casa ou um sistema por computador, podem ocupar-te durante meses, ou anos, devido ao tempo necessário para processar os pensamentos no cérebro.

Alguns projetos são tão extensos que não podem ser concluídos no lapso de uma só vida do participante; foi criado o conceito da história! Alguém que nasça hoje deve ser informado do que ocorreu no planeta até à data, ou, pelo menos, de algumas partes selecionadas do que se passou. Algumas pessoas passam toda uma vida registrando as ocorrências e contando-as aos outros; tudo isto porque as ligações do cérebro demoram uns quantos milésimos de segundos a ocorrer.

Os níveis não físicos do teu ser não possuem esta limitação. Através do conhecimento direto da energia
que compõe os acontecimentos, a esses níveis ou a mim não nos custa nada fazer a conexão com qualquer ponto do passado ou do futuro do teu planeta.

Sugiro que tentes visualizar como se sente isto: imagina que vibras na frequência mais elevada do teu
próprio estado de consciência e que estás a olhar para baixo. Então vês várias pessoas, cada uma das quais está num momento distinto da história. Então, através da simples intenção, podes misturar-te com qualquer delas ou com todas, simultaneamente. Dado que tu és elas, podes converter-te nelas e conhecer cada faceta do que estão a pensar e a sentir!

Um exemplo: imaginemos que és, simultaneamente, um especialista em cristais da Atlântida, um soldado romano, um camponês medieval e, claro, o «tu» desta encarnação. Tenta sentir como cada uma
dessas funções percebe o tempo, como o percebes tu desde o momento em que estás, e como interagem todos, entre si.

Mas, atenção: tudo foi cuidadosamente planeado, desde o início, para que assim fosse!

Todavia, não tinha que ser, exclusivamente, desta maneira; com outras espécies, em outros sistemas
de realidade isto é feito de forma muito diferente.
A tua espécie, em particular – a um alto nível do ESPÍRITO – tomou a decisão coletiva de criar a sensação da passagem do tempo e, assim, beneficiar de várias ferramentas de aprendizagem!

Uma delas - o karma ou a Lei do Equilíbrio – baseia-se no conceito de que se a pessoa X afeta, de
alguma forma, a vida da pessoa Y, então, como efeito disso, deve haver uma reciprocidade. Logo, Y deverá afetar a vida de X da mesma forma, ou forma similar e, assim, criar um equilíbrio energético.

Bom, simplifiquei bastante, pois existem muitas exceções a esta reciprocidade. Seja como for, da
perspectiva de X e de Y, no plano físico, X tem de atuar primeiro e só depois atuará Y.

Vejamos: De fato, era necessário ter algum marco de referência para que as coisas não ocorressem ao
mesmo tempo. Se não fosse assim, X e Y seriam incapazes de destrinçar qual deles era a causa e qual
deles era o efeito. Para resolver este problema, vocês conceberam a percepção do tempo linear para funcionar como marco de referência. Bom, de fato, não tiveram que criar nada de novo; limitaram-se a perder a capacidade de experimentar o tempo simultâneo! E a matriz do cérebro, que a espécie escolheu
para o corpo do ser humano, respeita perfeitamente essa característica.

É claro que, de uma perspectiva mais elevada, as ações de X e de Y ocorrem simultaneamente, pelo
que o intercâmbio energético de ajuste depende, somente, da coreografia dos níveis não físicos de X e de Y. Alonguei-me na explicação do ponto do tempo simultâneo porque isto explica a razão pela qual a energia disponível para criar é ilimitada: a mesma unidade de energia pode estar facilmente em inumeráveis pontos da linha do tempo físico, mediante a simples declaração da sua intenção. A mesma unidade de energia pode conformar, simultaneamente o gorro do cortador de cristais da Atlântida, a espada do romano e o cavalo do camponês. Considerando a natureza brincalhona da energia, essa unidade de energia vai divertir-se imenso com a ironia envolvida no processo!

Estou a falar da tua percepção em relação ao tempo, não na sua divisão arbitrária em unidades, tais
como horas, minutos e segundos. Este tipo de divisão resulta, apenas, do tamanho da vara de medição.
Agora: o tempo do relógio parece-te muito real porque está baseado, aparentemente, no movimento do
planeta à volta do sol. Ora, não existe nenhuma razão real para organizares as tuas atividades de acordo com a luz e a obscuridade. Muito simplesmente, isso é conveniente... tal como é conveniente ter o planeta a girar à volta do sol, equilibrando as forças centrípetas e centrífugas.

Por «percepção em relação ao tempo» quero dizer que tu és capaz de perceber a «duração» de um
acontecimento, quero dizer que percebes uma ocorrência, depois outra, depois outra ainda. Mas, se pudesses experimentar todos os acontecimentos de uma só vez, o tempo não seria uma obstrução sensorial ou uma limitação.

Imagina um enorme tapete feito de fios verticais e horizontais: cada fio vertical é um ponto percebido
do «agora»; os fios horizontais representam o espaço. Os fios diagonais coloridos que formam o desenho do tapete, são os acontecimentos da tua vida, ocorrendo no tempo (vertical) e no espaço (horizontal). Agora, imagina um pequeno inseto deslocando-se sobre o tapete:

- se ele se deslocar ao longo de um fio horizontal (espaço), terá de passar por cima de imensos fios verticais, ou seja, experimentará pontos do «agora» sucessivamente... mas fica preso num único sítio físico, porque os fios horizontais representam o espaço. Ocasionalmente, ao tropeçar com um fio colorido, experimenta um pedacinho da tua vida;

- se subir ao longo de um fio vertical (tempo), terá de passar por cima de imensos fios horizontais, ou
seja, experimentará pontos sucessivos do espaço... mas fica preso num único momento do tempo, no ponto do «agora». Por outras palavras, experimentará tudo o que sucede através do espaço... num único momento. Assim, como está num determinado ponto do tempo, verá «fotografias» do que sucedeu em muitos pontos do planeta nesse determinado instante... incluindo o que se passou na tua vida.

Obviamente, se o nosso inseto se tornasse inteligente e decidisse seguir ao longo de um dos milhões
de fios diagonais coloridos... experimentaria a vida inteira de uma pessoa.

Ora, do vantajoso ponto de vista «exterior» tu podes ver o tapete completo: o tempo, o espaço e a textura das vidas das pessoas; e, se assim o desejares, podes deixar-te cair sobre qualquer ponto da trama e experimentar as suas vidas com elas.

Ficarias, no entanto, muito ocupado, porque rapidamente te darias conta de que existem milhões de
tapetes pendurados ao lado deste, prolongando-se até ao infinito... além de que os fios coloridos passam
de um tapete para outro, entretecendo-se em três dimensões – os tais universos paralelos de que já ouviste falar!

Mas a coisa não fica por aqui: se quiseres, ainda podes ver, embora indistintamente, uns «tapetes etéreos» resplandecendo perto das suas versões físicas, isto é, os tapetes que correspondem aos planos superiores!


Será que existe alguém observando-te, tal como tu observaste o inseto à medida que ele se movia no
tapete, com a cabecinha olhando para baixo, seguindo diligentemente um pequeno fio?

I.3 - O MOVIMENTO
Estes dois componentes – o espaço e o tempo – conduzem a um terceiro: o movimento.

Para algo se mover entre dois pontos no plano físico é preciso tempo. Historicamente, chegaste a precisar de meses para viajar entre a costa oriental e a ocidental dos Estados Unidos; hoje, num avião, demoras cerca de 6 horas. Mas o plano físico tem um limite teórico: o da velocidade da luz. A esta velocidade poderias fazer a viagem em apenas 1/60 avos de segundo!

O movimento, todavia, é um fenômeno específico do plano físico. Não ocorre da mesma forma nos planos mais elevados porque o espaço é um plano criado: na realidade, os pontos que o compõem não estão separados por nada e tudo se interpenetra.

Os cientistas terrenos estão surpreendidos por verificarem que dois elétrons, em sítios diferentes,
parecem ser capazes de se comunicar instantaneamente. Isto acontece porque a energia consciente, que se manifesta como partículas sub atômicas, não está no «espaço». A energia consciente existe no ponto brilhante do Uno, na mente de Tudo O Que É, e desde aí projeta imagens que parecem ser partículas sub atômicas, elétrons, por exemplo. Ora, uma vez que todos os elétrons são projetados do mesmo ponto Uno, não surpreende que cada um deles saiba o que outro está a fazer!

O tempo é, somente, a duração percebida que é necessária para que algo se mova entre dois pontos;
fora do plano físico o tempo é zero, dado que todos os pontos existem simultaneamente. Assim sendo, se tu fosses um elétron (o ESPÍRITO funcionando como elétron), poderias projetar-te para o ponto A e para o ponto B ao mesmo tempo, pelo que a idéia de movimento entre A e B deixaria de ter significado!

* * *

Espero ter-te transmitido o sentido dos fundamentos do plano físico: espaço, tempo e movimento.
De fato, são leis locais, arbitrárias, aplicáveis ao plano físico e às frequências da Terra, e são os teus
sentidos que criam a percepção delas. Sentir o espaço e o tempo são funções do intelecto, as quais foram edificadas no cérebro para apoiar a espécie humana sobre este planeta. Elas são ferramentas de ensino comum, tal como, nas escolas, os estudantes concordam (normalmente!) em se encontrarem numa sala, a uma determinada hora, para assistir a uma aula sobre um tema previamente combinado. Da mesma forma no nível físico, todos os membros de uma espécie devem pôr-se de acordo no que toca a certas coisas para que a visita de campo ao planeta Terra seja significativa.

Uso a expressão «visita de campo ao planeta Terra» propositadamente, pois é importante que amplies
a tua percepção até teres consciência de ti mesmo como um imenso ser que está de visita a este recanto do Universo; um ser capaz de fazer certas «habilidades» com a energia a fim de poder desfrutar de «pequenas escapadelas» ao plano físico, chamadas encarnações... embora cada vez que isso acontece seja preciso «engendrar» um corpo físico e uma personalidade diferentes. E, assim, tudo se torna muitíssimo interessante. Estas «escapadelas», porém, poderão ser agradáveis... ou desagradáveis, se te esqueceres de quem és. Seja como for, o que interessa é que aprendas o máximo em cada uma delas!

No capítulo seguinte, entraremos mais profundamente na natureza da matéria física, enquanto onda
permanente da oitava mais baixa da energia, e demonstraremos quão fluido é aquilo que tu acreditas que é «sólido».

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