quinta-feira, 2 de junho de 2011

UM MANUAL PARA ASCENÇÃO POR SERAPIS BEI - CAPÍTULO V

CAPÍTULO V


A EXPRESSÃO DIVINA

V.1 - O CAMPO DO ESPÍRITO
No capítulo anterior falamos da forma como todos vocês chegaram onde estão; agora, examinaremos
este assunto com mais detalhe.

Tudo é energia organizada; o ESPÍRITO não é uma exceção.

A Fonte é energia organizada e consciente, numa escala inimaginável. No seu contínuo empenho de se
autoconhecer, fragmentou-se. Acerca destas partículas em que se fragmentou diremos que são pensamentos imensos (ou planos de realidade) que interagem entre si; não têm nomes nem formas que possas reconhecer; no entanto, estão conscientes quer de si mesmas, quer de que fazem parte da Fonte.

Imagina muitos baldes de água suspensos sobre a água, sendo que toda essa água é autoconsciente. A
água de um dos baldes sabe que interage continuamente com a água externa ao balde que a contém e que essa não é diferente de si mesma; todavia, por estar contida, a sua autoconsciência também lhe diz que é diferente da água que está fora.

Neste exemplo, os baldes, embora imaginários evidentemente, são análogos aos campos que suportam
a energia e a água é análoga a essa energia que os enche. Alguns campos são gigantescos, como os campos planetários ou solares; outros, comparativamente, são diminutos, como o campo de um átomo. Mas todos eles contêm, e se alimentam, da energia da Fonte.

Para além da sua interação com os campos, esta energia consciente também se fraciona de acordo
com a característica da frequência.

Imagina o teclado de um piano: nele, todas as notas, individualmente, são feitas da mesma coisa básica: as vibrações das cordas. Mas cada nota, por sua vez, contém todas as harmônicas e sub-harmónicas, quer dizer, as notas na mesma posição relativa nas outras oitavas, superiores e inferiores.

A Fonte fraciona-se a si mesma através de formas impossíveis de descrever, subdivide-se em estados
de energia que reconhecem a sua singularidade e que, ao mesmo tempo, são conscientes dos outros estados da energia que conformam o Todo. Cada estado de energia cria sub-harmónicas de si mesmo, cada uma das quais, por sua vez, está consciente das sub-harmónicas dos outros estados de energia. Assim, pois, o ESPÍRITO de todas as frequências autoconhece-se como energia da Fonte... pura, brincalhona e criadora! Em virtude de ser o que é, o ESPÍRITO expressa a natureza da Fonte em todos os campos que gera e através da energia que irradia para dentro deles.

Tomemos, como exemplo, o caso de Ariel, uma energia que alguns de vós conhecem como arcanjo:
Ariel é o responsável pela projeção do campo necessário à sustentação do plano físico, ou seja, o campo
que conduz a energia necessária para apoiar aquela que, através dele, penetra para o interior do plano
físico. Em certos pontos deste campo, quando a condutividade se amplifica, o processo torna-se mais eficiente proporcionando o surgimento da matéria física, ou seja, daquelas unidades de energia que se agregam e coagulam; nas partes onde a condutividade é mais baixa, isto, simplesmente, não ocorre.

E tudo se passa assim, mediante um acordo consciente. É como se o espaço (plano físico) fosse uma
forma de pensamento coletivo que todos vocês mantêm; todavia, tal manutenção é somente uma das
vossas múltiplas funções.

Além disso, em qualquer momento do tempo, a energia que realiza esta função é diferente da que
existia no momento anterior. Sim, a energia mudou enquanto leste este parágrafo!

Se o teu nome é Marta 3, a energia que se expressa para executar a função de Marta (ou qualquer
outra) está constantemente a mudar. E essa função de Marta tanto pode ser explorar um aspecto da maternidade, o uso do poder em relação a uma criança ou a um pai doente, como qualquer outra dos
milhões de coisas que o ESPÍRITO deseja explorar.

De igual modo – e independentemente de se tratar da função de Marta ou de qualquer outra – estes
temas podem repetir-se ao longo de muitas encarnações, embora de uma perspectiva ligeiramente diferente em cada caso. Portanto, a função que Marta desempenha amplia a causa da Fonte, fazendo com que aprenda mais acerca de si mesma. A personalidade (o eu-ego) de Marta e o seu eu-espírito, conjuntamente, determinam até que ponto ela chegará a compreender que a sua verdadeira natureza faz parte da Fonte e, por conseguinte, até que ponto experimentará a sua indivisibilidade com tudo e com todos os que a rodeiam.

Por consequência, o ESPÍRITO pode ser visto de duas maneira distintas:

1ª: Energia pura e organizada, consciente de si mesma e da sua unicidade. De acordo com esta capacidade, não faz nada; simplesmente é.

2ª: Energia que realiza certas funções (Marta, João, Saint Germain... e, é claro, Serapis!). De acordo
com esta capacidade, está em constante mudança. Por exemplo, a porção do ESPÍRITO que realiza a função de Serapis, muda ininterruptamente mas, ainda assim, entende a natureza da sua tarefa e mantém a aparência de uniformidade e continuidade.

As funções variam consoante o seu âmbito de cobertura: a função de Serapis está relativamente bem
definida e faz parte de uma outra função maior, encarregada de apoiar a claridade intelectual necessária
para a ascensão, plenamente consciente, no âmbito de todo o planeta. Diferentes níveis do ESPÍRITO realizam os vários níveis desta função no quadro de uma operação muito bem coordenada. Por exemplo, o canalizador Tony 4 é o nível da minha função que faz com que estas formas de pensamento fiquem no
papel; noutro nível distinto, eu estou expondo esta informação na malha da mente grupal do planeta para que todos possam aceder a ela.

Diga-se de passagem que não existe um diretor de orquestra para esta coordenação de níveis. As unidades de consciência que estão ao serviço do ESPÍRITO sabem o que está a passar-se e misturam-se com o nível apropriado para, literalmente, emprestar a sua energia.

Agora: por que é que isto se passa assim?

A resposta faz-nos regressar ao título deste capítulo – A Expressão Divina.

O ESPÍRITO possui um inexorável impulso para criar, manter, destruir e voltar a criar; e não perde
nenhuma oportunidade para o fazer. Alguns níveis do ESPÍRITO têm a tendência para, digamos, a criatividade intelectual, enquanto outros preferem limpar velhos sistemas de crenças a fim de abrir campo para o novo. A destruição, sob todos os aspectos, é tão criativa como a própria criatividade; trata-se, somente, de uma questão de ponto de vista.

O ESPÍRITO procura expressar-se, a Fonte conhece-se a si mesma através da sua criatividade e o teu
eu-espírito interior procura expressar-se através do eu-ego exterior.

Tu criaste os três campos de energia mais densa dos corpos e da personalidade para dispores dos meios
para poderes expressar-te. Injetaste energia nestes campos... e continuas a injetar, permanentemente! Colocaste o teu eu-ego em situações cuidadosamente concebidas, que envolvem pais, escola, amigos, etc., os quais, desde muito cedo, o foram formatando com os seus sistemas de crenças. Ou seja, selecionaste o complexo energético que percorre os teus campos e permites, até certo ponto, que o teu eu-ego interaja com ele.

Tudo isto, no entanto, não quer dizer que o eu-ego e o eu-espírito estejam separados. Tu és o teu eu-
espírito tal como és qualquer outra coisa; expressas isto através de cada pensamento, palavra ou ação:
quando atuas a partir do amor (demonstrando atenção, amabilidade, doçura, etc.), és o teu eu-espírito
fluindo através de ti sem qualquer impedimento; quando atuas a partir do medo (demonstrando ódio,
ciúmes, avareza, etc.), estás a bloquear o fluxo do amor proveniente do ESPÍRITO.

A única barreira entre o eu-ego e o ESPÍRITO é o medo. O medo separa-os mas, à medida em que o eu ego for aprendendo, cada vez mais, sobre a sua verdadeira natureza, esse conhecimento começará a corroer o medo; e ao passo que esse medo for desaparecendo tornar-te-ás mais consciente, emocional e intelectualmente, o que favorece a entrada do amor.

Neste universo, a divisa máxima é a emoção do amor. Ele encontrará forma de entrar, seja lá como
for; e, quanto mais amor fluir para dentro, mais medo se desfaz, o que vai permitir que ainda mais amor
flua para dentro... e assim sucessivamente.

4 -Tony Stubbs (Denver, Colorado, USA), a pessoa que canalizou este texto. Nota da tradução portuguesa.

Portanto, o eu-espírito pessoal expressa, através do eu-ego, o «eu» que, conscientemente, se conhece
a si mesmo. O teu eu-ego é a ponta da lança do campo físico do teu imenso eu-espírito; é os teus olhos, os teus ouvidos, as tuas mãos. O eu-ego tem a ver com os acontecimentos que te rodeiam, decifrando o que deve ser feito com respeito a cada um deles; mas é enquanto eu-ego e eu-espírito, simultaneamente, que decides que acontecimentos irás enfrentar no futuro.

Mas, perguntas tu: como saber o que posso esperar? O que me trará a próxima hora?

Aquele que for capaz de conhecer as respostas a estas perguntas, terá os seus focos tão abertos que incluirão o próprio eu-espírito!

Não defendo que removas completamente a tua focagem no plano físico porque, com isso, negarias
a razão pela qual encarnaste na Terra; o que proponho é que fiques plenamente consciente dos conteúdos de cada um dos três corpos mais densos. Isto é o prelúdio para poderes vir a identificar-te como ESPÍRITO e para O incorporares nos teus campos mais densos. Por conseguinte, o campo do ESPÍRITO é mais um campo que está sobre, e acima, dos três campos de que já falamos. Tu vives dentro dele mas, devido ao fato de o ESPÍRITO não estar limitado nem pelo tempo nem pelo espaço, está «à tua volta» (tal como os campos mais densos), mas também «em toda a parte». O ESPÍRITO atribui poder a todos os outros campos e expressa-se através deles.

Tu, portanto, não és somente a tua personalidade nem o estado de consciência do teu eu-ego externo.
Tu és mais, muito mais!

A Segunda Parte deste livro trata acerca de como podes reclamar esta identidade maior e despertar
para quem és, na verdade. Antes, porém, encerremos esta Primeira Parte, olhando para três mitos generalizados e geradores dos problemas que proliferam na realidade de consenso: os mitos acerca do amor, da verdade e do poder.

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