quinta-feira, 2 de junho de 2011

UM MANUAL PARA ASCENÇÃO POR SERAPIS BEI - CAPÍTULO II

CAPÍTULO II


A NATUREZA DA MATÉRIA

Até agora abordei a diferença entre o plano físico e as dimensões mais elevadas, embora, na verdade,
não haja diferença nenhuma porque todas as dimensões são feitas da mesma «coisa», tal como as sete
oitavas de um piano são todas som: a única diferença é de tom e frequência.

Num piano, como cada oitava (sequência das sete notas: dó, ré, mi...etc.) é reproduzida sete vezes, as
notas individuais de qualquer oitava são harmônicas mais altas das que estão nas oitavas mais baixas.

Todavia, existe um «senão»: supõe que tens um defeito de audição que só te deixa ouvir a oitava mais
baixa. Neste caso, as notas graves vão soar-te muito reais; porém, quando as mãos do pianista se deslocam para a direita do teclado em direção às notas mais agudas, verás o movimento dos seus dedos mas não ouvirás nada. Sentir-te-ás confundido, é claro, se as pessoas se referirem aos sons que não ouviste. Talvez até te enfureças e as acuses de inventarem essa coisa das «vibrações mais altas». Concluirás que não estão boas da cabeça e afastas-te encolhendo os ombros. Todavia, talvez sintas carência e desapontamento quando ouvires referências à beleza da Sonata ao Luar!

Porém, como reagirias se alguém te dissesse que, com um pouco de prática, poderias passar a ouvir as
notas mais altas?

Esta analogia do piano é muito útil, porque a intenção dos cinco sentidos físicos é detectar, somente,
algumas das oitavas do universo que te rodeia. Os sentidos podem detectar as oitavas mais baixas... mas não se apercebem das mais elevadas do Universo. Mas tu possuis outros sentidos cuja função é detectá-las. Esses sentidos, porém, permanecem latentes na maior parte dos seres humanos. Tais sentidos trabalham e interagem, permanentemente, com a energia das frequências mais elevadas, só que o cérebro filtra e elimina esses sinais. É algo propositado e conveniente, uma vez que os humanos não poderiam manter-se concentrados no plano físico se fossem bombardeados por toda a informação adicional disponível num determinado momento.

Imagina que estás a ler isto e, simultaneamente, vais tomando conhecimento de todas as consequências
possíveis do fato de leres estas linhas, tanto para ti como para os teus familiares e amigos; além
disto, imagina que também tinhas consciência dos pensamentos e das emoções de todos os que te rodeiam e da forma como eles ressoam com o resto das suas encarnações.

O mais engraçado é que, quando qualquer tipo de informação extra sensorial se intromete na tua consciência e te vês forçado a reconhecer esse fato, a cultura a que pertences leva-te a encontrar uma outra explicação.

Aquilo que vês como matéria física, não passa de energia pertencente a uma das oitavas mais baixas,
vibrando dentro de um campo especialmente criado para esse efeito. Há muitas oitavas de energia acima desta nas quais outros níveis do teu ser – funcionando plenamente, vivos e alerta - realizam todo o tipo de coisas. Contatar conscientemente com esses outros níveis do teu ser é algo muito fácil de conseguir; aliás, é isso que ocorre quando, por exemplo, crês ter uma idéia ou te sentes feliz sem razão aparente; e os sonhos são, é claro, estes outros níveis do teu ser em ação, trabalhando ou divertindo-se.

Todavia, não me refiro aos poucos e dispersos símbolos caóticos que giram na tua cabeça quando acordas; falo da criação e da manipulação da realidade, em grande escala, que todas as noites realizas através dos outros níveis do teu ser. Aquilo que pensas que é sonhar, é como ficares a olhar para uma casa desarrumada perguntando se a festa foi agradável: perdeste o lado divertido e ficaste só com a desarrumação!

Mas, então, como é que surge a matéria física a partir desta oitava de energia mais baixa?

Os seres que, de vez em quando, criam coisas físicas (e os outros para quem essa é a sua função exclusiva), organizam as unidades de energia consciente em padrões específicos, dentro de uma banda de frequência particular, concebida especialmente para tal propósito. São estes padrões que constituem cada uma das coisas, aparentemente sólidas, que tu conheces.

E, agora, aproximemo-nos do verdadeiro milagre do plano físico:

- Estas unidades de energia consciente oriundas do plano mais elevado, surgem fisicamente como o
corpo das unidades eletromagnéticas básicas conhecidas como partículas sub atômicas - esses tijolos
básicos de construção chamados elétrons, prótons e neutros! Os cientistas terrenos estão prestes a detectar este processo; alguns, possuidores de uma imaginação muito fértil, já o conhecem intuitivamente. Por sua vez, estes blocos de construção de energia consciente (elétrons, prótons e neutros), colaboram na formação dos átomos de um elemento em particular, tal como o carbono, o hidrogênio, o oxigênio, o azoto, etc. Um átomo pode parecer uma construção muito simples - elétrons que giram em volta de um núcleo central – e, em certo sentido, assim é. Mas, por outro lado, trata-se da coisa mais complexa que existe no plano físico. A geometria e a álgebra envolvidas na concepção dos átomos que conformam o plano físico, manteria ocupados, durante anos, a maioria dos vossos mais potentes computadores!

A matéria não ocorreu espontaneamente; foi cuidadosamente planeada, e nós fizemos questão de saber
como ela se comportaria em todas as circunstâncias, antes de continuarmos com o desenvolvimento
da sua criação.

Não penses, nem por um instante, que o estado de consciência que «encarna» o elétron é diminuto. O
elétron não é uma partícula diminuta, mas sim um «campo de possibilidades»; é uma parte do espaço no qual existe esse estado de consciência, embora de uma forma tão subtil que os cientistas não podem ter a certeza. Por isso, afirmam que o elétron «provavelmente» existe.

Acrescente-se que este estado de consciência que «encarna» o elétron no plano físico, pode colaborar
em inúmeros outros planos e em inúmeros universos simultaneamente.

Os átomos podem permanecer livres ou ligarem-se para formar moléculas. Estas, por sua vez, unem-se
para constituir uma forma, a qual é determinada conjuntamente pelas unidades de energia em si mesmas e pela entidade organizadora. E estas entidades organizadoras assumem a responsabilidade de dirigir a energia sob a forma de átomos ou moléculas, de acordo com as matrizes concebidas, por exemplo, para um cristal, uma pedra, uma célula da semente de uma planta, uma árvore, etc. A lista não tem fim, evidentemente. Estas matrizes assemelham-se muito aos computadores pessoais: além de serem, simultaneamente, programas vivos e base de dados, também podem armazenar vastas quantidades de informação.


A estrutura do DNA, que existe no coração de cada uma das tuas células, é uma base de dados que
contém a tua história atual, a história de todas as tuas encarnações e, adicionalmente, a de toda a
espécie humana!

Por exemplo, uma árvore cresce sob a orientação de um ser de energia (chama-lhe «espírito das árvores
» se quiseres), que é quem concebe a matriz da árvore e organiza as unidades de energia de acordo
com esse padrão. Uma vez organizadas, as unidades de energia «recordam-se» da sua função e continuamente mantêm as partículas sub atômicas combinadas em padrões cada vez mais extensos.

Quando olhas para uma árvore, o que estás a ver realmente é energia pura organizada por um ser consciente e alerta de acordo com a matriz previamente concebida. O teu cérebro, então, através do hábito, descodifica esse padrão de energia visual e reconhece-o como sendo uma «árvore«.

Quando agarraras um tronco de uma árvore, as tuas mãos e a árvore são dois campos de energia que
entram em contacto; então, o teu sistema nervoso agrega toda essa informação e descodifica o contacto
como estimulação táctil. Finalmente, o cérebro usa essa informação para fabricar a imagem daquilo que
reconheces como uma árvore. Se um carpinteiro chega, corta a árvore e usa a madeira para construir uma cadeira, ele altera a forma que responde à matriz principal. Aí, as unidades de energia conscientes que constituem a madeira «lembram-se» do seu novo padrão e mantêm-no fielmente até que haja outra alteração. Por exemplo, se a cadeira arder, a energia consciente das moléculas de celulose reorganizam-se sob um novo padrão, digamos: átomos livres de carbono, oxigênio e nitrogênio.

Só para ficares com uma idéia de tamanho, o espaço existente dentro e entre esses átomos é imenso:
se o núcleo do átomo fosse do tamanho de uma bola de futebol, o átomo em si teria as dimensões do
campo de futebol; a primeira fila de elétrons estaria aproximadamente colocada onde se encontra a
primeira fila de assentos... e o átomo mais próximo estaria como que à distância da cidade vizinha!

Portanto, quando falamos de matéria «sólida», ela está, de fato, longe de ser sólida!

Estes elétrons, que tu pensas serem partículas diminutas, não pesam nada, em absoluto. Muito simplesmente são pacotes de energia zumbindo à volta do núcleo a uma velocidade enorme. É essa velocidade que lhes dá a sua evidente substância, ou os deixa no estado de »quase substância», da mesma forma que uma bala disparada contra um alvo produz maior impacto do que uma bala simplesmente atirada contra esse alvo.

Nem sequer o núcleo é sólido; também ele é feito de partículas mais pequenas (neutros e prótons), os
quais, quando examinados de perto, mostram que também são formados por partículas ainda mais pequenas. Neste nível, aproximamo-nos do ponto em que a energia pura se manifesta como aquilo que tu crês ser matéria, assim como dos lapsos de tempo infinitesimalmente curtos que isso demora. Também estamos perto dos limites dos instrumentos físicos. Estes instrumentos podem detectar a súbita aparição de uma partícula sub atômica... mas não a sua real transformação a partir da energia pura, porque a unidade de energia que a criou não é física; não sendo física... não pode ser registrada por instrumentos físicos!

Os físicos concluíram que a única vez que as partículas sub atômicas são verdadeiramente partículas é
quando as podem observar; fora disso são ondas de energia. Portanto, como jamais chegarão a conhecer a condição de um elétron não observado, não têm como determinar a estrutura básica do plano físico ou de explicar como funciona.

Num nível mais profundo, estamos a falar de irrupções de energia consciente para dentro do plano
físico. Esta energia, ao deslocar-se a velocidades incríveis, aparenta solidez... da mesma forma que as
pás de um ventilador elétrico, em movimento rápido, dão a sensação de serem um disco sólido!

Assim sendo, o mundo material não passa de uma ilusão?

Todo ele é feito de hologramas e de ondas estacionárias.

A base de qualquer tipo de organização da energia em matéria é a onda estacionária. Esta idéia é vital
para poderes entender o que és e como te manifestas.

O que se segue pode parecer física mas, de fato, é a essência da metafísica.

II.1 - HOLOGRAMAS
Se estiveres familiarizado com o fenômeno conhecido como holograma, sabes que a imagem de um
objeto pode ser capturada numa película especial, combinando dois raios de luz laser, um deles refletido
a partir do objeto, mas o outro não. Estes dois raios interagem entre si para criar uma imagem especial
sobre a película; quando o raio laser volta a passar através dela, uma imagem tridimensional do
objeto aparece «flutuando» no nada. No entanto, ao contrário das fotografias, a imagem da película
holográfica não se assemelha com a do objeto original; surge como um conjunto de círculos concêntricos, denominados padrões de interferência. Se o raio laser é projetado sobre qualquer fragmento da película, a imagem volta a surgir, ainda que um pouco menos nítida, uma vez que a imagem ocupa a película completa.

Portanto, há aqui dois aspectos distintos a considerar:

1 - A matriz, ou seja, a imagem do objeto impressa na película (o padrão implícito).
2 - A imagem projetada (o padrão explícito).

A analogia do holograma oferece algumas pistas importantes sobre a natureza da realidade e acerca de
como podes trabalhar com ela. Assim, também aqui há dois aspectos distintos a considerar:

1 - A matriz da tua realidade quotidiana (o padrão implícito) que permanece oculto para ti.
2 – A realidade quotidiana das tuas experiências (o padrão explícito - a imagem projetada).

Aqui tens a razão pela qual uma partícula sub-atómica pode estar em toda a parte ao mesmo tempo: a
sua matriz está dispersa ao longo de todo o padrão implícito!

Isto contradiz, claramente, a física clássica que descreve o mundo físico como um conjunto de coisas
discretas e locais, todas elas interatuando de muitas formas limitadas.

Finalmente, estamos em condições de chegar a uma conclusão importante:

Imagina que a matéria, tal como a conheces, é feita de ondas subatômicas e está organizada de
maneira a formar padrões de ondas tridimensionais (o padrão implícito). Então, esse milagroso órgão chamado cérebro humano detecta esses padrões projetados e constrói, a partir deles, o que aparenta ser uma realidade objetiva (a imagem projetada - o padrão explícito).

Esta realidade em que vives parece-te sólida e real porque... o teu corpo físico também é uma
imagem tridimensional projetada!

A realidade não é, por conseguinte, algo objetivo que existe «lá fora», mas sim algo subjetivo «aqui
dentro»; além disso, é distinta para cada ser humano. Logo, tudo isto faz com que tu sejas o quê? Serás tu um ‘padrão explícito’ de carne e osso ancorado num mundo sólido? Ou és a imagem difusa de um ‘padrão implícito’ de um holograma, desdobrando-se no meio de um imenso remoinho de padrões maiores?

E qual é o papel da consciência em tudo isto? Será ela a luz que brilha através dos padrões ocultos na
película fotográfica? Ou será o próprio padrão?

Bom, pois é ambas as coisas!

A consciência dá forma tanto às matrizes ocultas (o padrão implícito) a partir de outras ainda mais
remotas, como à luz que brilha através dessas matrizes para que seja projetado o que os teus sentidos
captam.

Todavia, estamos a falar de funções distintas da consciência. A consciência sub-atómica cria os blocos
de construção da matéria, ao passo que outras partes dela os organiza em padrões ainda mais complexos: as células, os órgãos físicos, as emoções, os pensamentos. E todos estes componentes do teu ser terreno se mantêm conscientes, cada qual à sua maneira. Mais: a tua consciência pessoal interage com todas as outras consciências, pertençam elas aos seres vivos ou aos chamados seres «inanimados».

Sei que tudo isto é suficiente para fazer saltar os fusíveis do corpo mental de qualquer pessoa; mas é
importante saberes quão fluida é a realidade, para que sejas capaz de a manejar. Se acreditasses que a
tua composição é inalterável, decerto não te autorizarias a mudar. Por exemplo, tu sabes que imensos
padrões de comportamento antiquíssimos estão armazenados nas células do teu corpo físico; ora, se as
células fossem inalteráveis e a energia desses velhos padrões de comportamento ficasse ali aprisionada,
como poderias livrar-te de tal coisa?

E, dado que as células são a projeção de uma matriz oculta (o padrão implícito), o que aconteceria se
fosses capaz de reformular essa matriz ou a forma como ela foi projetada?

Ora, tu possuis a ferramenta necessária para fazer isto: a consciência.

Tal como veremos mais à frente, a espécie humana está envolvida na busca da criação de uma realidade, mas tornou-se tão eficiente a criar realidades... que já não se apercebe desse envolvimento!

Cada coisa que experimentas é, não só o resultado direto dos teus esforços para criar uma realidade,
mas também da projeção fiel das tuas matrizes internas. Se não te apercebes de «que experimentas o
resultado direto dos teus esforços para criar uma realidade» ou de que és «capaz de reformular essa
matriz ou a forma como ela foi projetada», continuarás a criar a mesma antiquíssima realidade... o que
não é nada divertido!

As coisas, porém são muito mais maleáveis e plásticas do que imaginas. Mais adiante isso provará ser
de grande importância.

As tuas emoções e pensamentos provêm da tua matriz interior (o padrão implícito), e o teu quotidiano
é a imagem projetada (o padrão explícito). Por conseguinte, as tuas emoções e pensamentos pessoais
interagem com as emoções e pensamentos alheios, tal como tu, ao viveres a tua vida, interages com a
vida das outras pessoas. No entanto, o que cada um pensa e sente desempenha um papel fundamental
naquilo que lhes acontece.

A realidade, tal como a conheces, é projetada a partir de uma gama de matrizes parecidas com hologramas. Embora as matrizes estejam em níveis distintos para poderem ser «removidas» da realidade ordinária, as imagens que elas projetam estão sobrepostas. E se é verdade que as imagens das frequências mais baixas dessas matrizes parecem ser sólidas (do ponto de vista do teu corpo sólido!), também é certo que aquilo a que chamas «espaço» está repleto de imagens das frequências mais elevadas, evidentemente não «sólidas». E todas coexistem umas com as outras.

Tu mesmo és formado por muitas projeções – a física, a emocional, a mental e a espiritual – a partir
de matrizes preparadas por ti mesmo enquanto ESPÍRITO, as quais são, por sua vez, projeções de outras matrizes provenientes de frequências mais elevadas.

O mais importante de tudo isto é que tu podes conceber e alterar matrizes através da visualização!

A criação da realidade funciona nos dois sentidos:

Se desejas atrair para ti uma determinada situação agradável, podes conceber a matriz dela e, depois,
verificar como se projeta no plano físico sob a forma de acontecimentos que podes experimentar; se
desejas livrar-te de uma situação desagradável... e lhe resistes em vez de visualizares um «quadro» diferente, estás a cometer um erro triplo: reforças a matriz, fortaleces o mecanismo de projeção e perpetuas a situação indesejada. Bom, e se a coisa chegar à doença, também podes usar a visualização para «reparar» a matriz do órgão afetado e recuperar a saúde!

Assim, a consciência – que está profundamente ancorada na tela da realidade - é o padrão por detrás
da realidade objetiva (o padrão implícito), e de cada ocorrência na história do Planeta Terra (o padrão
explícito).

A série televisiva «O Caminho das Estrelas: A Geração Seguinte» é um excelente exemplo de criação da
realidade: a plataforma de hologramas da nave Enterprise é capaz de criar imagens de objetos e de pessoas que operam dentro dos parâmetros concebidos pelos programadores da «realidade». Qualquer alteração subtil no programa poderá alterar, digamos, o nível de agressividade de um caráter holográfico ou desativar uma situação ameaçadora. No entanto, ao contrário do que acontece nas aventuras da Enterprise, os hologramas da atualidade (uma bala holográfica, por exemplo!), podem matar-te; até um monstro holográfico te pode devorar... a menos que possas dispor da matriz que o gera!

A série da TV decorre no século XXIV mas a tecnologia para esculpir a energia desta forma estará disponível muito antes disso.

Tudo isto nos conduz à questão de como é que o plano físico se formou. Uma imagem holográfica é, de
fato, formada por luz contida dentro de um invólucro com a forma específica daquilo que quer representar. Mas é apenas uma imagem que representa a matriz original. Toda a informação necessária para gerar esta imagem está codificada na película. E o invólucro, na realidade, é uma espécie de onda estacionária.

II.2 - ONDAS ESTACIONÁRIAS
Quando eras mais novo, se calhar, numa das tuas brincadeiras com um amigo, experimentaram esticar
uma corda que puseste a vibrar aplicando-lhe uma pequena pancada. Com essa ação, fizeste com que
uma pequena onda deslizasse pela corda, atingisse a mão do teu amigo e regressasse a ti. O que se moveu ao longo da corda foi energia. A corda deslocou-se para baixo e para cima, mas não ao longo do seu comprimento.


Se os dois tivessem feito vibrar a corda ao mesmo tempo, duas coisas poderiam ter ocorrido:

1) se ambos tivessem pulsado a corda da mesma maneira (por exemplo, de cima para baixo), conseguiriam
uma onda com o dobro do tamanho, a meio da corda, ou

2) se um tivessem puxado a corda para cima e o outro para baixo, as ondas interfeririam uma com a
outra e anulavam-se.

No primeiro caso, a interferência entre as ondas foi positiva; no segundo, foi destrutiva.

Imagina agora uma corda mais curta, sob tensão como a de uma guitarra, que produzirá um som característico. Se a percutires, introduzes-lhe energia bruta, a qual, naturalmente, adota certos padrões. O padrão mais forte é uma onda cujo comprimento é igual ao da corda, digamos: um metro. Mas outras ondas se formarão com comprimentos equivalentes a 1/2, 1/3, 1/4, etc. do tamanho total da corda, ou seja, 50 cm, 33 cm e 25 cm, respectivamente. Estas são as chamadas ondas estacionárias que formam uma família com base no comprimento de onda natural da corda. A combinação particular de ondas estacionárias é o que confere a um instrumento o seu timbre individual ou a sua «assinatura» tonal.

O importante acerca destas cordas vibratórias é que duas cordas idênticas, sob condições idênticas,
geram sempre a mesma onda natural e respectivas harmônicas. Se duas cordas idênticas forem colocadas uma junto da outra, e se uma delas for percutida, gerará um campo de energia sonora que a outra captará. Se esta segunda corda estiver afinada no mesmo comprimento de onda da primeira, ressoará por simpatia.


Esta ressonância é supremamente importante quando se lida com corpos de energia humanos... acerca
da qual temos muito mais a dizer antes que termine este livro!

E, agora, tornemo-nos malabaristas: imaginemos que és o Chefe de Sobremesas de uma nave espacial e
que, indo para a cozinha, és capaz de fazer gelatina... sob gravidade zero. Nessas condições a gelatina
mantém-se perfeitamente firme, sem necessidade de qualquer contentor que lhe dê forma!

Mas imaginemos que fazes dois tipos de gelatina, uma vermelha, outra amarela. Então, no momento
exato que antecede a solidificação, usas a tua arte para as juntar de tal forma que se misturem só parcialmente, formando gelatina cor-de-laranja na zona de separação. Agora, se fizeres vibrar a gelatina
vermelha (que está por fora) dando-lhe uma pequena pancada, essa vibração irá atingir a gelatina amarela. Se percutires a gelatina vermelha com regularidade, formar-se-á uma onda estacionária, e a gelatina amarela – por ter a mesma composição – ressoará com a mesma frequência.

Imagina agora o que se passará se fores suficientemente hábil para colocar a gelatina amarela dentro
da gelatina vermelha. Como é que a gelatina amarela reagirá?

Como acabas de descobrir uma qualidade inata dos campos, assim como o fenômeno da ressonância das
ondas estacionárias entre dois campos, é fácil responder: se um campo está afinado com a energia de uma frequência em particular (gelatina amarela, que está por dentro), absorverá a energia de uma onda estacionária de outro campo (gelatina vermelha, que está por fora)... e começará a vibrar a sua própria onda estacionária!

De fato, qualquer campo ressoa, desapaixonada e automaticamente, com a energia de um campo similar que esteja por perto. Isto produz uma ressonância por simpatia... que poderá ser-lhe prejudicial se o campo emissor vibrar de uma forma desequilibrada. Perfeito. Agora, o que te falta fazer é aprenderes a comer gelatina num ambiente sob gravidade zero!

Como veremos, a ressonância TE afeta de incontáveis formas, quer tu o saibas, quer não. Mas, de agora em diante, serás capaz de, conscientemente, usar estes conhecimentos como uma ferramenta para a ascensão.

II.3 - CAMPOS DE ENERGIA
A tua personalidade é composta por três campos de energia e pelos seus respectivos conteúdos. E a
combinação entre um campo e os seus conteúdos é aquilo a que eu chamo «corpo».

Assim, o teu eu-espírito organiza a sua própria energia em ondas estacionárias para gerar três corpos
energéticos dentro dos seus invólucros respectivos - o físico, o emocional e o mental - que depois projeta ou, se quiseres, manifesta. O quarto corpo – o espiritual – constitui-se como uma ponte entre estes três corpos inferiores e o ESPÍRITO. Como veremos mais adiante, é extremamente importante o fato de estes quatro corpos, cujas naturezas são tão distintas, se projetarem ou se quiseres, se manifestarem a partir de mesma «coisa».

Vejamos, primeiro, o corpo físico.

Muitos fatores determinam a forma como ele se manifesta. Há muito tempo que a espécie humana optou por um processo de nascimento físico em vez de, simplesmente, projetar o corpo para dentro de um campo criado pelo ESPÍRITO (mais tarde veremos a razão por que é assim). Além disto, a concepção foi projetada para diversificar o conjunto de genes e, assim, permitir uma infinita variedade de matrizes
genéticas físicas.

No momento da concepção, as matrizes completas de DNA dos progenitores fundem-se para formar
uma terceira matriz; depois, à medida que o ovo se vai subdividindo e que as células se vão formando, as unidades de energia consciente colaboram na formação das partículas subatômicas, depois dos átomos e, seguidamente, das moléculas. Este processo é supervisionado pela matriz do corpo físico, a qual está contida nos padrões gerais do próprio DNA.

Enquanto ESPÍRITO, cada um de vós selecionou, previamente, os seus futuros pais em função da
sua genética, das condicionantes e das circunstâncias familiares necessárias à sua encarnação, prestes
a ocorrer; depois, «manipulou» cuidadosamente o seu DNA a partir do dos progenitores escolhidos.
Seguidamente, os três, em conjunto e em colaboração com os seus eus-espírito respectivos, decidiram

o momento da concepção, baseando-se em fatores imensamente complexos.
Os astrólogos ainda só vislumbraram uma pequeníssima parte de toda esta complexidade; os cientistas,
por seu lado, descodificaram somente uma facção dos milhões de informações armazenadas no DNA.

Para além das tuas características físicas, o teu DNA também contém a história de todas as tuas encarnações através do tempo, assim como a história de cada uma das espécies que alguma vez tenham existido ou venham a existir. O DNA pode ser entendido como uma série de moléculas mas, tal como o holograma, deve ser lido na sua totalidade para se obter o máximo resultado.

Durante os primeiros meses de gestação, a energia consciente encarregada de construir as células, lê o
DNA e descodifica-o para saber que tipo de célula deve construir. As células em crescimento, através do
seu próprio tipo de consciência, afinam-se simultaneamente com o molde do corpo físico e com o «futuro» para se orientarem em relação a como devem crescer e desenvolver-se. Organizam-se a si mesmas e captam unidades de energia maiores para se poderem transformar, não só nos tipos de átomos necessários, mas também para se multiplicarem respeitando o modelo especificado pelo DNA para a sua função particular.


Por exemplo, a consciência de uma célula que vai integrar o fígado, capta energia e subdivide-se para
formar outras células do fígado.

Então, o crescimento, que é muito rápido no início, vai abrandando à medida que se conclui o período
de gestação; continua após o nascimento, durante vários anos, até que, finalmente, se estabiliza, passando a efetuar só as «reparações» que se tornem necessárias.

É assim que o corpo físico, que se prepara para nascer, vai sendo construído por ondas estacionárias
(dentro de ondas estacionárias, dentro de outras ondas estacionárias), à medida que a sua consciência
forma átomos, moléculas e órgãos. Isto decorre sob a direção do eu-espírito da entidade que vai encarnar e de algo que poderá ser considerado como uma versão «futura» do corpo, e que serviu de matriz.

Uma vez concebido, criado, nascido e desenvolvido até ao seu tamanho normal, tu não abandonas o
teu corpo físico até que se lhe tenha acabado a corda, como se fosse um relógio!

Resta dizer que a energia que anima as partículas desse teu corpo se renova vários milhões de vezes
por segundo. De fato, ele recria-se constantemente segundo o desenho do DNA que escolheste e das formas-pensamento acerca do teu corpo físico... que guardas na matriz do teu corpo mental!

Os corpos físicos dos seres humanos são entidades milagrosas, com consciência própria, que se auto-
regulam de uma forma extraordinária. E tu passas a vida arquitetando a consciência de acordo com as
opiniões, tuas e alheias, acerca do teu corpo físico. De fato, através da ressonância, os pensamentos e
as emoções que tu manténs acerca de ti mesmo possuem um enorme impacto sobre a consciência do
teu corpo: o medo da doença ou da morte pode, literalmente, programá-lo para que adoeça. Estes
processos são responsáveis pela corrupção do DNA (o que, com frequência, gera o cancro) e das condições normalmente atribuídas ao envelhecimento. Escusado será dizer que, ao invés, pensamentos de saúde e de bem-estar programam o corpo físico para que desencadeie os seus próprios mecanismos de cura.

Estas explicações só muito ao de leve afloram a complexidade do que realmente se passa; se te explicasse como procedes para assegurar o crescimento do teu corpo, ficarias totalmente assombrado! Mas trata-se apenas de informações básicas, à guisa de curso, cuja intenção é mostrar que o corpo físico é, na realidade, energia ordenada de ondas estacionárias... apesar de parecer um contínuo sólido de partículas subatômicas, átomos, moléculas e órgãos que se vão organizando até formarem o corpo completo.

Neste processo, cada unidade de energia está plenamente consciente do seu papel e colabora gostosa-
mente na estrutura daquilo que, de acordo com a tua noção de realidade, conheces como corpo físico.

Talvez fiques surpreendido por teres aprendido que os corpos físicos são conscientes; não me refiro,
todavia, àquilo que costumas entender por consciência. O corpo sabe, por exemplo, o que deve fazer para que o coração bata, para que a digestão seja feita, para que se possa curar a si mesmo; também conhece os ciclos da lua, dos planetas e das estrelas, e constantemente se serve e se adapta a eles. Todavia, como é composto da energia consciente que foi «colhida» do imenso campo planetário... convém dizer que o planeta e o ESPÍRITO desempenharam um papel muito mais preponderante no teu nascimento do que os teus pais biológicos!

O que consideras ser a tua consciência é, realmente, uma mistura de vários tipos distintos de consciência, o que não impede que formem a unidade subjacente à tua existência:

• a consciência sub-atómica, que conhece os imensos campos cósmicos e nos quais interage com as
outras consciências subatômicas;
• a consciência celular, baseada na matriz do ADN, que contém a gravação das experiências da tua
vida, dos teus pensamentos e das tuas emoções;
• a consciência do corpo, isto é, a consciência celular relacionada com algumas idéias próprias, apesar
de o corpo físico depender bastante das crenças que o corpo mental tem em relação à sua própria
imagem;
• a consciência das emoções que fluem em cada momento, sobrepostas às emoções do passado... às
quais te aferras em vez de as deixares partir;
• a consciência dos pensamentos e das crenças com que estruturas a realidade; consciencializa-te,
porém, de que uma crença não passa de uma opinião acerca da realidade;
• a consciência espiritual, intuição ou conhecimento direto. Este tipo de consciência está relacionado
com o que tem sido denominado frequentemente como Mente Universal, mas, na verdade, pertence
a uma matriz oculta a partir da qual a realidade flui. É este tipo de consciência que contém,
entre outras coisas, os arquétipos da tua espécie – os aspectos heróicos da humanidade. Através
desta «interface» com a realidade física, tu podes aceder a outros tempos, outros lugares e outras
dimensões. A maior parte da energia que entra na composição do teu corpo físico provém da assimilação dos alimentos que ingeres; este processo, porém, está a ser gradualmente abandonado porque a energia está a deixar de ser «assimilada» para passar a ser, progressivamente, «projetada».

Vejamos como isto funciona: em vez da energia das proteínas, dos amidos e dos outros componentes da
comida ingerida, os níveis do ESPÍRITO do teu ser já começaram a projetar unidades de energia conscientes para dentro do teu campo físico, cuja missão é fabricar e reparar as estruturas celulares, ou seja, fazer o que, até aqui, era a função da energia «assimilada». Na verdade, o eu-espírito de cada um de vós está a «reformatar», sistematicamente, as células do corpo físico para que passem a ser alimentadas pela energia «projetada», em vez de pela energia «assimilada».

Resta acrescentar que esta energia «projetada» provém da que está por detrás da radiação conhecida
como luz solar. Portanto... tu já começaste a formar aquilo que é conhecido como Corpo de Luz!

Cada vez mais o corpo físico se alimentará de energia, em vez dos nutrientes físicos, contidos no invólucro celular. Uma das consequências desta alteração é que a frequência das células, e do corpo em geral, está a elevar-se.

Com o tempo, o corpo vai começar a brilhar suavemente; aí, estarás num Corpo de Luz!

Há várias formas distintas de desencadear esta mudança, mas, normalmente, torna-se necessária uma
certa forma de consentimento consciente da parte de cada um de vós. A intenção deste livro é oferecer-
vos uma espécie de «mapa de estradas», um plano do terreno que têm pela frente, para que possam
envolver-se neste processo com conhecimento e entendimento. Num excelente livrinho O QUE É UM CORPO DE LUZ, canalizado por Tachi-ren, o Arcanjo Ariel apresenta um «programa» de 12 níveis para chegar à Luz, assim como os sintomas físicos, emocionais e mentais que podem manifestar-se em cada nível.

Cada um dos diferentes campos (físico, emocional, mental e espiritual) vibra de acordo com a sua frequência característica. Numas pessoas vibram rapidamente; noutras, lentamente, Todavia, tu fazes vibrar os teus campos numa proporção específica em relação aos outros campos – 11, 22, 33 e assim sucessivamente. Se a taxa de vibração de um campo muda e a relação varia, sentir-te-ás «deslocado» ou enjoado.

Dado que a vibração dos campos e das taxas relativas de vibração são vitalmente importantes, voltaremos ao assunto na Segunda Parte deste livro.

Para encerrar este capítulo: diz-se com frequência que a ciência e a religião são como dois comboios
movimentando-se na mesma direção, sobre carris paralelos, num processo onde a religião se empenha na exploração do Pensador e a ciência na exploração do Pensamento. Não tarda, porém, ambas se encontrarão num ponto onde os carris passam a ser um só. O que acontecerá então? Bom, poderá ocorrer um choque tremendo ou, pelo contrário, pode ser que, finalmente, compreendam que Pensador e Pensamento são uma e a mesma coisa!

O princípio organizador do Universo e a energia que compõe o universo, físico e não físico, são a mesma
coisa: um contínuo de energia consciente, vibrando em todas as frequências concebíveis e inconcebíveis,
organizadas com uma beleza tal que a respiração se suspende.

E esta energia deleita-se no regozijo da sua criatividade.

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